(Kevin Lamarque//Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 06h56.
Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 09h18.
O presidente americano Donald Trump está incansável em sua luta para desfazer as políticas de seu antecessor, Barack Obama. Nesta terça-feira, o diretor da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Ajit Pai, adiantou a divulgação de um plano que retiraria a neutralidade de rede, colocada como política de internet e comunicação do governo Obama em 2015.
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A decisão, na prática, dá amplos poderes aos provedores de internet para determinar que sites e serviços online seus consumidores podem usar e ver.
Bem como discriminar dados específicos, como de e-mails ou de jogos online. Também será possível, pela proposta da agência, que grandes provedores como Comcast, Verizon e AT&T bloqueiem ou deem preferência a sites específicos.
As empresas afirmam que continuarão a tratar todos os dados de maneira igual, mas que planejam aproveitar a oportunidade para “pensar e implementar novos modelos de negócios”.
O anúncio gerou a ira de grupos por direitos de privacidade e de acesso à internet, que prometem ir às ruas e protestar antes da decisão final ser tomada pelo conselho da agência reguladora, no dia 14 de dezembro.
A decisão também joga mais um peso nos ombros do Congresso norte-americano, que já estava sendo pressionado para votar uma legislação que não pudesse ser desfeita pela FCC. Ajit Pai, um republicano indicado por Trump para a cadeira na Comissão, havia prometido acabar com as regras de neutralidade de rede quando assumiu a FCC, e os planos parecem estar saindo do papel. Quando trata-se de destruir legados, Trump tem conseguido emplacar sua agenda. O duro é quando ele precisa construir algo. Neste caso, nem o muro na fronteira com o México sai do campo das ideias.