Tecnologia

Tribunal abre caminho para fim de sigilo de dados do Yahoo!

Tribunal americano responsável por supervisionar programas de vigilância determinou ao governo que decida quais documentos do Yahoo! podem perder o sigilo

O grupo Yahoo! pediu a divulgação das decisões do Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira: Departamento de Justiça não adotou nenhuma posição sobre esse pedido (Justin Sullivan/AFP)

O grupo Yahoo! pediu a divulgação das decisões do Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira: Departamento de Justiça não adotou nenhuma posição sobre esse pedido (Justin Sullivan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 14h08.

Washington - Um tribunal dos Estados Unidos responsável por supervisionar os programas de vigilância revelados por Edward Snowden determinou ao governo que decida quais documentos podem perder o sigilo no que diz respeito ao grupo Yahoo!.

Depois das revelações do ex-consultor de inteligência, o Yahoo!, assim como outros grupos de internet, solicitou a divulgação das decisões desse tribunal secreto, denominado Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISC, na sigla em inglês).

Mas o Departamento de Justiça não adotou nenhuma posição sobre o pedido, de acordo com um documento divulgado na segunda-feira pelo FISC.

O juiz do FISC Reggie Walton afirmou que o Departamento de Justiça deve tratar o caso com "prioridade".

Em 2008, o FISC ordenou a vários grupos de Internet - incluindo o Yahoo! - que permitissem o acesso do governo a seus dados, por meio do programa de monitoração chamado Prism, revelado por Snowden.

Outros grupos como Google e Microsoft também exigem o fim do sigilo das decisões do FISC.

Os grupos informaram que permitiram o acesso do governo a seus dados em resposta aos pedidos do FISC, mas negaram que o governo dos Estados Unidos tenha um acesso amplo e direto a seus servidores.

Snowden revelou em particular a existência de dois programas de vigilância dos Estados Unidos: um que compila os dados das comunicações telefônicas de milhões de americanos e outro, denominado Prism, vigia as comunicações eletrônicas de estrangeiros.

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