iPhons 12 Pro e Mini: aparelhos chegam ao Brasil nesta sexta-feira, 20 (Thiago Lavado/Exame)
Thiago Lavado
Publicado em 20 de novembro de 2020 às 06h00.
A Apple lança nesta sexta-feira os novos iPhones 12 no Brasil. Os aparelhos, que já estavam em pré-venda, chegam todos juntos ao país, um dos únicos a receber as quatro versões — iPhone 12, iPhone 12 Pro, iPhone 12 Pro Max e iPhone 12 Mini —de uma só vez.
Os aparelhos, lançados em outubro deste ano, trouxeram melhorias na capacidade de processamento, nas câmeras e vieram com tecnologia 5G pela primeira vez.
Outras novidades animaram menos os consumidores. Pela primeira vez, os novos iPhones vêm sem adaptador de tomada para os carregadores e sem fones de ouvido. O preço, especialmente aqui no Brasil, também foi motivo de críticas (confira os valores no final da reportagem).
A EXAME recebeu dois modelos do aparelho para testar, iPhone 12 Mini e iPhone 12 Pro, e já conta as primeiras impressões dos smartphones.
O que chama a atenção inicialmente é o novo design, mais retilíneo e que remonta à época dos iPhones 5. De acordo com a Apple, o iPhone 12 é 15% menor em volume, 11% mais fino e 16% mais leve que a geração anterior. Os valores não são tão perceptíveis no uso cotidiano, porém.
A nova geração dos smartphones vem com processadores A14 Bionic, de fabricação da própria Apple, com litografia de 5 nanometros e 11,8 bilhões de transistores, à frente de outras concorrentes no mercado. Segundo a Apple afirmou durante o lançamento do produto, o chip é 50% mais rápido que processadores concorrentes.
A nova versão dos iPhones trouxe ainda melhoria nas câmeras: o modo noturno foi aprimorado, tanto em termos de software quanto de hardware (ele utiliza a tecnologia da câmera e de inteligência artificial para , e agora funciona em diferentes formatos, como na câmera de selfie, ou em modos que permitem o uso da ultra-grande-angular.
O modo retrato, que permite borrar o fundo de imagens, dando um efeito bouquet, foi também melhorado em relação as versões anteriores.
A questão 5G
Os iPhones lançados no Brasil nesta sexta contam com a tecnologia 5G. Mas a nossa versão não conta com a mesma banda dos aparelhos vendidos em outros países, como os Estados Unidos ou a China, por exemplo.
Os aparelhos americanos contam com uma espécie de “antena”, na lateral do smartphone, que permite que o 5G consiga acessar as bandas milimétricas (acima de 24GHz) — são essas faixas de frequência que garantem as principais funcionalidades do 5G, com ultra velocidade e tempo de resposta (latência) baixíssimo.
O problema: não se tem sequer previsão de quando essas faixas estarão disponíveis no Brasil.
A versão brasileira dos iPhones contam com suporte 5G para frequências mais baixas, como a 3.5GHz (ainda não homologada pela Anatel), além de faixas a partir de 700MHz, conhecido como DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, na sigla em inglês).
Essa versão utiliza a mesma banda do 4G para enviar um sinal 5G e por isso conta com velocidades abaixo do 5G operado em bandas de alta frequência. A tecnologia é de transição, para assegurar velocidades maiores que o 4G onde a cobertura 5G não é suficiente, e é fornecida no Brasil por algumas das operadoras locais. No entanto, é preciso lembra que velocidade 5G disponível no DSS fica muito aquém da conexão 5G “padrão”, ainda que seja mais rápida que o 4G. Testes iniciais mostram velocidade de download de cerca de 70mbps.
É possível checar as bandas disponíveis no iPhone vendido no Brasil no site da Apple. Os aparelhos brasileiros têm as mesmas configurações de outros países onde o 5G já está mais bem definido, como Reino Unido e Coreia do Sul, por exemplo, ainda que diferente de EUA e China, onde há suporte para bandas milimétricas.
Senso assim, um iPhone comprado no Brasil, ainda que compatível em algum nível com 5G nesses países, algo que a Apple garante, não terá toda a capacidade de rede que um aparelho comprado especificamente nessas regiões tenha.
iPhone 12
iPhone 12 mini
iPhone 12 Pro
iPhone 12 Pro Max