Executivo deu sua resposta após questionamentos de usuários que utilizam o serviço (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 12h39.
Dick Costolo, CEO do Twitter, afirmou que não irá tirar a rede social do ar em protesto contra o projeto de lei americano contra a pirataria na internet (Sopa, stop online piracy act). "Seria tolice interromper um serviço global em função de uma questão política de uma única nação", escreveu Costolo em seu perfil na rede na noite desta segunda-feira.
A afirmação foi uma resposta a questionamentos de usuários do serviço, que indagavam se o Twitter seguiria o exemplo da Wikipédia, que promete tirar do ar sua página em inglês nesta quarta-feira como forma de protestar contra o projeto de lei.
A "tolice" indicada por Costolo pareceu uma crítica do chefe do Twitter à Wikipédia. Isso leveu o CEO a acrescentar um esclarecimento: "Eu me referia apenas à sugestão de tirar o Twitter do ar, não à decisão da Wikipédia." Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, concordou.
Outros serviços de peso da internet já se mostraram contrários ao Sopa. É o caso de Google, Facebook e Amazon. Ainda não está claro, contudo, se eles também vão interromper seus serviços.
Entenda o caso
• De acordo com o projeto de lei americano, devem ser bloqueados nos EUA sites estrangeiros que abrigam conteúdos que infrinjam as leis de direitos autorais – como cópias ilegais de vídeos, músicas e fotos
• O bloqueio deve ser feito inclusive por serviços de busca, como o Google, e de pagamento eletrônico, como o PayPal. A publicidade nos sites estrangeiros infratores também deve ser cancelada
• Wikipedia, Google, Twitter, Facebook e Amazon se opõem ao projeto: eles alegam que o Sopa pode introduzir na rede censura e entraves à inovação
• Casa Branca: o governo americano defende o respeito aos direitos autorais, mas também diz que o Sopa pode prejudicar a liberdade de expressão e a inovação
• O projeto de lei conta com o apoio da indústria de entretenimento (estúdios de cinema, gravadoras, conglomerados de mídia), que acusa os sites de violar direitos autorais e exibir ilegalmente seus conteúdos