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Tinder, Netflix e Tencent lideram ranking de aplicativos do ano

Empresa App Annie lista aplicativos mais rentáveis em 2019 e ressalta a maior importância dos serviços por assinatura para geração de receita

App Annie 2019 estima que os consumidores terão baixado 120 bilhões de novos aplicativos na iOS App Store (da Apple) e na Play Store (do Google) (Mike Blake/Reuters)

App Annie 2019 estima que os consumidores terão baixado 120 bilhões de novos aplicativos na iOS App Store (da Apple) e na Play Store (do Google) (Mike Blake/Reuters)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 07h00.

Tinder, Netflix e Tencent Holdings ficaram nos três primeiros lugares do ranking App Annie 2019 de gastos em aplicativos que não são jogos. O movimento ressalta a maior importância dos serviços por assinatura para geração de receita.

Jogos que oferecem compra de moeda virtual e atualizações — as chamadas microtransações — continuaram na liderança geral e as assinaturas de vídeo dominaram o resto do segmento. Mesmo antes da decolagem dos serviços Disney+ e Apple TV+, os aplicativos iQiyi (da Baidu), YouTube (do Google) e Youku (da Alibaba Group Holding) se classificaram entre os 10 maiores pelo critério de receita. Isso em um ano em que a App Annie espera recordes de novos downloads de aplicativos e gastos do consumidor, considerando dados coletados de janeiro a novembro.

A posição de liderança do Tinder não surpreende, segundo a App Annie, porque aplicativos de namoro desse tipo “desbloquearam a chave da monetização por meio de assinaturas”. A receita anual somada da categoria aumentou 920% entre 2014 e 2019, ultrapassando US$ 2,2 bilhões no ano em curso. O Facebook sustentou a histórica liderança em downloads totais de aplicativos: Facebook Messenger, Facebook e WhatsApp foram os aplicativos mais baixados pelo sexto ano consecutivo. A empresa lançou seu próprio serviço de namoro no Facebook em setembro.

App Annie 2019

Até o final de 2019, a App Annie estima que os consumidores terão baixado 120 bilhões de novos aplicativos na iOS App Store (da Apple) e na Play Store (do Google) — isso sem considerar atualizações, reinstalações de aplicativos existentes ou instalações em aparelhos Android por meios não oficiais. É um aumento de 5% em relação ao ano passado e a empresa de acompanhamento de aplicativos prevê outro recorde em 2020. O crescimento da receita com vendas ao consumidor é calculado em 15% ao ano, sendo quase US$ 90 bilhões em 2019, outra máxima.

Entre os jogos, o Free Fire (da Sea), que já produziu dois bilionários, teve o maior número global de downloads e foi seguido pelo PUBG Mobile (da Tencent). O jogo Call of Duty: Mobile (também pertencente à Tencent) se colocou entre os 10 mais baixados durante o ano, embora tenha sido lançado no início de outubro. O Fate/Grand Order (da Sony) foi o game — e aplicativo — mais lucrativo do ano, seguido por Honour of Kings (da Tencent) e pelo Candy Crush Saga (da Activision Blizzard, que é máquina de fazer dinheiro há tempos). Todos os três jogos são gratuitos, mas geram enorme receita com pequenas compras de vantagens e atualizações.

App Annie 2019 - 2

(Bloomberg/Reprodução)

Entre os sucessos do ano, a App Annie destacou o Likee (da YY), um aplicativo para compartilhar vídeos curtos semelhante ao TikTok, como o de maior crescimento absoluto de downloads durante o ano. Dois outros aplicativos da mesma empresa se colocaram entre os quatro primeiros: Noizz, para edição de vídeos, e Hago, sistema para jogar em rede que é especialmente popular entre jovens na Indonésia, de acordo com a pesquisa.

Para 2020, a App Annie espera intensificação de cada uma das tendências atuais e aumento da importância, onipresença e receita gerada por aplicativos centrados em vídeo e serviços por assinatura.

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