TIM: segundo fontes de mercado envolvidas no projeto, a TIM está trabalhando no desenvolvimento de caixa que permitirá a agregação de vários conteúdos OTT (Alessandra Benedetti/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 15h21.
São Paulo - O TIM Fiber vem fazendo sucesso por conta da oferta de banda ultra-larga (a partir de 35 Mbps) a preços mais baratos que a concorrência no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo fechado o ano com 60 mil assinantes.
Poderia ser natural esperar que em algum momento a empresa casasse sua oferta de banda larga com uma de TV por assinatura, através da tecnologia de IPTV. Entretanto, esse movimento não está nos planos da empresa, disse o presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi.
"O conteúdo tem um poder enorme, mas o negócio de TV por assinatura no Brasil é difícil. Quando se monta um bundle, o preço sobe para R$ 150 ou R$ 200. A TV não é um produto que consiga deixar massiva a banda larga", explicou.
"Nossa estratégia é acompanhar os OTTs. A classe média está sensível ao custo e está buscando alternativas para acessar conteúdo. Estamos investindo muito para ter uma rede superior para carregar OTTs", complementou o executivo, durante teleconferência para analistas financeiros e jornalistas nesta sexta-feira, 14.
Takayanagi citou um levantamento recente da Netflix, que comparou as redes de diversas operadoras de banda larga ao redor do mundo.
Se tivesse sido incluída naquele ranking, segundo o executivo, a TIM estaria posicionada como a quinta melhor rede do mundo, à frente de várias operadoras internacionais de renome.
Segundo apurou este noticiário, contudo, o fato de não estar disposta a entrar no mercado de TV paga no sentido tradicional, atuando como negociadora de conteúdos, não quer dizer que a TIM não esteja planejando um produto.
Segundo fontes de mercado envolvidas no projeto, a TIM está trabalhando no desenvolvimento de uma caixa que permitirá a agregação de vários conteúdos OTT.