Tim Cook (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 07h15.
O presidente da Apple Tim Cook deve participar de um encontro sobre segurança promovido pela presidência dos Estados Unidos, na próxima sexta-feira (13), em meio ao intenso debate sobre o uso de criptografia por parte de empresas de tecnologia.
Nos últimos meses, a Apple e outras empresas reforçaram os mecanismos de criptografia de seus aparelhos e serviços, introduzindo sistemas que não podem ser descriptografados mesmo quando as autoridades apelam para mandados.
A iniciativa é uma resposta direta às reclamações de consumidores e associações civis após a revelação de que a NSA, agência de segurança americana, tinha acesso aos metadados de smartphones e telefones no mundo todo.
Porém, policiais e autoridades reclamam das barreiras que a criptografia criou na busca por criminosos. Na medida em que produtos usem métodos mais rígidos de criptografia, as autoridades perdem acesso às fontes de informação que possuíam antes.
Recentemente, o primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron afirmou que, se reeleito, irá banir algumas formas de criptografia, que poderiam estar auxiliando no planejamento de ataques terroristas.
Segundo o site The Hill, uma autoridade do departamento de Justiça dos Estados Unidos teria dito a executivos da Apple que "crianças morreriam como resultado da incapacidade dos investigadores acessarem os aparelhos da empresa".
Cook já afirmou em comunicado que a Apple nunca permitiu que governos acessassem os servidores da empresa. "Nunca permitíramos isso. Eles teriam que nos prender em uma caixa antes que fizéssemos isso", afirmou o presidente da Apple.
O presidente americano Barack Obama deve aproveitar o evento para falar sobre seu novo plano de cibersegurança, que irá criar uma nova divisão de inteligência e reforçar a cooperação do governo com as empresas de tecnologia americanas.