TikTok: plataforma de vídeos havia sido banida dos EUA neste domingo, mas voltou a funcionar horas depois (CFOTO/Future /Getty Images)
Repórter
Publicado em 19 de janeiro de 2025 às 15h25.
Última atualização em 19 de janeiro de 2025 às 16h49.
Após Donald Trump anunciar uma medida para viabilizar, ao menos temporariamente, o retorno do TikTok aos Estados Unidos, a rede social retomou suas operações no país neste domingo, 19.
Usuários perceberam a mudança, e a empresa confirmou em um comunicado publicado no X (anteriormente Twitter, rede social de Elon Musk, aliado de Trump) que suas atividades estão sendo normalizadas.
“Em acordo com nossos provedores de serviços, o TikTok está no processo de restaurar o serviço”, escreveu o TikTok. “Agradecemos ao Presidente Trump por fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviços de que não enfrentarão penalidades ao fornecer o TikTok para mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de 7 milhões de pequenas empresas prosperem.”
STATEMENT FROM TIKTOK:
In agreement with our service providers, TikTok is in the process of restoring service. We thank President Trump for providing the necessary clarity and assurance to our service providers that they will face no penalties providing TikTok to over 170…
— TikTok Policy (@TikTokPolicy) January 19, 2025
A companhia chinesa classificou a decisão como “uma forte defesa da Primeira Emenda e contra a censura arbitrária”. Além disso, afirmou: “Estamos comprometidos em trabalhar com o Presidente Trump para encontrar uma solução de longo prazo que garanta a permanência do TikTok nos Estados Unidos.”
A declaração foi feita após Donald Trump anunciar neste domingo, no Truth Social, que emitiria uma ordem executiva na segunda-feira para estender o prazo antes que a proibição entrasse em vigor.
A lei que determinava o encerramento do TikTok nos EUA por questões de segurança nacional entrou em vigor no domingo.
Embora o aplicativo tenha sido bloqueado para usuários americanos na noite de sábado e removido das lojas digitais da Apple e do Google, algumas pessoas ainda conseguiram acessar a plataforma no domingo utilizando desktops.
A lei que entrou em vigor no domingo, 19, apelidada de "ban-or-divest law" (lei de banir ou vender), exige que a ByteDance se desfaça de grande parte de sua participação na TikTok para continuar operando no país. No entanto, a empresa chinesa mostrou resistência em cumprir a exigência. Em resposta, a ByteDance recorreu à Justiça, mas perdeu o caso na Suprema Corte dos EUA na última semana.
O cenário se complicou ainda mais após a administração Biden transferir a responsabilidade pela questão ao governo Trump, que retorna ao poder em 20 de janeiro.
Apesar de ter iniciado o movimento de banimento do TikTok, Trump passou apoiar recentemente uma solução para que o app permaneça no país.