Tecnologia

TikTok diz que rumor de venda para Elon Musk nos EUA é 'pura ficção'

Chinesa ByteDance aguarda uma decisão da Suprema Corte sobre a manutenção da lei que pode fechar a rede social no país

ByteDance, dona do TikTok (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)

ByteDance, dona do TikTok (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 10h49.

Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 11h28.

O TikTok, de propriedade da empresa chinesa ByteDance, descreveu nesta terça-feira, 14, como "pura ficção" - em um comentário enviado à Agência EFE - a possibilidade de as autoridades chinesas estarem planejando vender a rede social a Elon Musk se a Suprema Corte dos Estados Unidos finalmente confirmar seu fechamento, de acordo com a "Bloomberg".

"Não se pode esperar que façamos comentários sobre algo que é pura ficção", diz o comentário conciso enviado à EFE por um porta-voz do TikTok, que tem uma de suas sedes em Singapura.

A resposta faz alusão a uma publicação exclusiva da "Bloomberg" nesta terça-feira, indicando que as autoridades chinesas avaliam como uma "possível opção" a aquisição pelo magnata Elon Musk, proprietário da X e que assessorará o governo de Donald Trump, das operações do TikTok nos Estados Unidos.

Como as marcas têm reagido à possibilidade de banimento do TikTok nos EUA

Essa possibilidade está sendo considerada - de acordo com a "Bloomberg", que cita fontes próximas ao caso - se o TikTok não conseguir contornar sua proibição nos EUA, enquanto se aguarda uma decisão da Suprema Corte sobre a manutenção da lei que pode fechar a rede social no país se ela não se separar de sua controladora, a ByteDance, até 19 de janeiro, como estipulado pela regra.

A regulamentação, aprovada pelo Congresso dos EUA em abril do ano passado por democratas e republicanos, deu à chinesa ByteDance nove meses para encontrar um investidor de um país que não seja considerado um "adversário" dos Estados Unidos.

Os congressistas americanos justificaram sua decisão argumentando que a plataforma representa uma ameaça à segurança nacional devido à possibilidade de o governo chinês obter acesso aos dados dos usuários.

Por sua vez, a China criticou repetidamente a "repressão" dos EUA ao TikTok, alegando que se trata de "uma tática de intimidação" que acabará "saindo pela culatra" para os EUA.

O fechamento do TikTok nos EUA pode ocorrer um dia antes do retorno de Trump ao cargo, em 20 de janeiro.

Enquanto em seu primeiro mandato (2017-2021) o republicano tentou banir a rede social, desta vez ele pediu à Suprema Corte dos EUA para impedir que a lei entrasse em vigor até a sua posse, depois de prometer na campanha que iria "salvar o TikTok".

Musk, que se tornou um dos aliados mais próximos de Trump, tem interesses significativos na China, onde está localizada a principal base de produção global de sua empresa, a Tesla.

O magnata já havia defendido em abril que "o TikTok não deveria ser banido nos EUA".

"Fazer isso seria ir contra a liberdade de expressão, e não é isso que os Estados Unidos defendem", argumentou o empresário sul-africano.

A China tem uma "participação de ouro" na ByteDance que lhe dá direito de veto sobre qualquer decisão da empresa.

Acompanhe tudo sobre:TikTokEstados Unidos (EUA)China

Mais de Tecnologia

China considera vender TikTok para Elon Musk como alternativa à proibição nos EUA

Como o "Pix indiano" desafiou as gigantes Mastercard e Visa

Mercado de smartphones cresce 4% após dois anos de queda

Batalha de gigantes: a saga de Zuckerberg e Cook na liderança das big techs