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TikTok e Facebook aprovaram publicidade com desinformação sobre eleições nos EUA, segundo ONG

A organização Global Witness testou as plataformas enviando postagens com informações falsas

 (Nikolas Kokovlis/NurPhoto/Getty Images)

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Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 07h36.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 07h40.

O TikTok e  o Facebook validaram peças publicitárias que continham afirmações enganosas e falsas sobre as eleições nos Estados Unidos, a poucas semanas da votação, de acordo com a investigação de uma ONG que questionou as regras para detectar informações prejudiciais nas redes sociais.

A organização Global Witness enviou para as plataformas TikTok, Facebook e YouTube oito peças com afirmações falsas, com o objetivo de testá-las antes das eleições de 5 de novembro.

O TikTok "foi o que teve o pior desempenho", pois permitiu a publicação de quatro desses anúncios, apesar de proibir a publicidade com fins políticos, segundo a Global Witness, enquanto o Facebook aprovou um dos oito.

"A poucos dias da acirrada disputa eleitoral nos EUA, é chocante que as empresas de redes sociais continuem aprovando desinformação evidente e totalmente desacreditada em suas plataformas", afirmou Ava Lee, líder da Global Witness em ameaças digitais nas campanhas.

"Em 2024, todos sabem do perigo da desinformação eleitoral e da importância de uma moderação de conteúdo de qualidade", acrescentou.

"Não há desculpa" para que essas plataformas "continuem colocando em risco o processo democrático", disse Lee.

Um porta-voz do TikTok disse à AFP que quatro desses anúncios "foram aprovados erroneamente na primeira fase de moderação" e que o aplicativo — pertencente a uma empresa com sede na China — continuaria a proibir a publicidade política.

Um porta-voz da Meta, empresa-mãe do Facebook, questionou os resultados do estudo, dizendo que foi baseado em uma pequena amostra de anúncios e, portanto, "não reflete a forma como (a Meta) aplica nossas políticas em escala".

O YouTube, filial do Google, aprovou inicialmente metade dos anúncios, mas depois bloqueou sua publicação até que fosse fornecido um documento de identidade. Uma "barreira significativamente mais forte para aqueles que propagam desinformação", avaliou a Global Witness.

O Google afirmou na quinta-feira que "pausaria temporariamente os anúncios" relacionados às eleições dos EUA após o fechamento da votação em 5 de novembro, como fez em 2020.

A Meta, por sua vez, anunciou que bloquearia qualquer novo anúncio político na última semana da campanha.

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