Olhos: atualmente, o Parkinson afeta uma de cada 500 pessoas (BananaStock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 09h54.
Londres - Um teste para detectar mudanças produzidas no olho, que poderia potencialmente diagnosticar o Parkinson antes que seus sintomas se desenvolvam, foi descoberto por um grupo britânico de pesquisadores, revelou a rede "BBC" nesta quinta-feira.
Cientistas da University College London (UCL) divulgaram os resultados de testes realizados com animais - e que ainda têm que ser desenvolvidos - que, segundo suas análises, poderiam derivar eventualmente em uma maneira barata e não invasiva de detectar essa doença.
Atualmente, o Parkinson afeta uma de cada 500 pessoas e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo.
Os analistas testaram em ratos e comprovaram que era possível ver mudanças na parte posterior do olho antes que os sintomas desse transtorno se manifestassem de forma visível. Segundo a responsável pelo estudo, Francesca Cordeiro, essa descoberta representa "um avanço potencialmente revolucionário nos diagnósticos e tratamento preventivo de uma das doenças mais debilitantes do mundo".
"Com esses testes poderíamos ser capazes de intervir muito antes e de maneira mais efetiva para tratar às pessoas que sofrem esta condição devastadora", explicou ela à "BBC".
Atualmente, não existem ressonância magnética ou exame de sangue que possam dar um diagnóstico definitivo para o Parkinson.
O diretor da Parkinson's UK, organização beneficente que luta contra esse mal, Arthur Roach, afirmou que existe uma "necessidade urgente de encontrar uma maneira simples e precisa de detectar essa condição, em particular em seus estados mais adiantados".
"Embora a pesquisa esteja no início e ainda seja preciso testá-la em pacientes, um teste simples e não invasivo como esse poderia constituir um passo significativo na busca de tratamentos que possam erradicar as causas subjacentes da doença, em vez de mascarar seus sintomas", afirmou Roach.