iPhone 6: as bordas arredondadas e a pequena espessura trazem sensação de leveza (Maurício Grego/Site Exame)
Maurício Grego
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 09h27.
São Paulo -- Há muito pouco de que reclamar no iPhone 6. Essa é nossa conclusão depois de testar o novo smartphone da Apple durante algumas horas.
Com tela de 4,7 polegadas, o iPhone 6 é 14 milímetros mais longo que o iPhone 5s e 17 gramas mais pesado. Mas, por ser 0,7 milímetro mais fino e ter bordas arredondadas, ele passa a sensação de ser mais leve.
O tamanho proporciona equilíbrio entre facilidade de manuseio e área de tela. O iPhone 6 cabe no bolso facilmente e pode ser operado com uma só mão sem malabarismos.
Sua tela permite visualizar fotos, vídeos e páginas da web muito melhor que a telinha de 4 polegadas do iPhone 5s. Mas muitas pessoas vão preferir o ainda maior iPhone 6 Plus, de 5,5 polegadas.
O iPhone 6 Plus não é tão conveniente quanto seu irmão menor para carregar no bolso e exige as duas mãos para ser manuseado. Mas ter 0,8 polegada a mais de tela é certamente uma vantagem.
No iPhone 6 (assim como no 6 Plus) o botão liga/desliga fica na lateral. Essa posição é muito mais ergonômica do que a antiga, no alto do smartphone (Por que a Apple demorou tanto para descobrir isso?).
A única coisa que destoa do conjunto é a câmera traseira protuberante. Quando se coloca o iPhone 6 sobre a mesa, ele fica mal apoiado por causa da saliência de cerca de 1 milímetro. Mas quem usar o smartphone com capinha nem vai notar isso.
A câmera fotografa muito bem. Seus recursos são idênticos aos encontrados no iPhone 5s. Mas as fotos feitas com o iPhone 6, quando observadas com atenção, revelam maior riqueza de detalhes. Ponto para a Apple.
O iPhone 6 não tem estabilizador óptico de imagens. Esse recurso, presente no iPhone 6 Plus, ajuda a evitar fotos tremidas. Mas parece que não houve espaço para ele no modelo menor.
Funcionalmente, não notamos diferenças importantes entre o iPhone 6 e um iPhone 5s rodando o sistema iOS 8. Os mesmos aplicativos e recursos estão presentes nos dois.
A principal exceção é o sistema de pagamentos Apple Pay, que só existe no iPhone 6 e no iPhone 6 Plus (e vai existir no Apple Watch).
Mas não pudemos testar esse recurso, que ainda não está em uso. Aliás, não se nota a presença do Apple Pay no iPhone 6.
Na redação de EXAME.com, o iPhone 6 agradou a todos que o manusearam. A principal reclamação que ouvimos foi: “A Apple deveria ter feito um smartphone maior antes.”
De fato, a empresa da maçã demorou para adotar as telas grandes e tecnologias como NFC, a conexão sem fio usada no Apple Pay. São coisas que existem há anos nos aparelhos avançados com Android e Windows Phone.
Esse atraso não afeta, é claro, o fato de que, sem nenhuma dúvida, o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus estão entre os melhores smartphones hoje disponíveis.
Agradecemos ao Leonardo Copello, da uTouchLabs, por ter nos emprestado seu iPhone 6.