Tesla: oponentes aos esforços para aumentar a energia renovável argumentam que a bateria é uma "solução hollywoodiana" (Tesla/Handout/Reuters)
Reuters
Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 10h19.
Hordnsdale, Austrália - A Tesla ligou a maior bateria de íons de lítio do mundo nesta sexta-feira, a tempo de alimentar a instável rede de energia da Austrália para o primeiro dia de verão, cumprindo uma promessa de Elon Musk de construí-la em 100 dias ou dá-la de graça.
"A Austrália do Sul está liderando o mundo em energia renovável intermitente", afirmou o premiê estadual, Jay Weatherill, no lançamento oficial no parque eólico de Hornsdale, de propriedade da empresa francesa de capital fechado Neoen.
A Tesla venceu em julho a licitação para construir uma bateria de 129 megawatts por hora na Austrália do Sul, Estado australiano que expandiu a energia eólica muito mais rápido do que o resto do país, mas sofreu um série de blecautes nos últimos 18 meses.
Em um debate políticamente carregado, oponentes aos esforços para aumentar a energia renovável argumentam que a bateria é uma "solução hollywoodiana", em um país que ainda depende de combustíveis fósseis, principalmente carvão, para dois terços de sua eletricidade.
Os defensores, no entanto, dizem que isso ajudará a estabilizar a rede em um Estado que agora obtém mais de 40 por cento de sua eletricidade da energia eólica, mas precisa de ajuda quando não há vento.
"O armazenamento pode responder em uma fração de segundo. Ele pode solucionar estas questões de estabilidade muito rapidamente, sem precisar recorrer ao uso de grandes usinas elétricas", disse Praveen Kathpal, vice-presidente da AES Energy, que chegou a realizar uma oferta para construir a bateria, mas não venceu.