Aplicativo Telegram: 200 milhões de usuários em todo o mundo (Pavlo Gonchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Repórter
Publicado em 18 de março de 2022 às 16h54.
Última atualização em 26 de abril de 2023 às 15h28.
O aplicativo de mensagens Telegram foi banido do Brasil nesta sexta-feira, 18, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Mas o que a decisão ainda não mostrou é como o Telegram vai se posicionar frente ao bloqueio.
Em 2018, quando o app foi banido na Rússia, o serviço colocou em prática estratégias tecnológicas de evasão que frustraram o governo de Putin e acabaram por comprometer a internet do país por alguns dias.
A principal atitude, na ocasião, foi alocar o aplicativo em importantes serviços de armazenamento e computação em nuvem como Google e Amazon.
Assim, quando o governo da Rússia bloqueou o acesso, cerca de dois milhões de endereços de IP vinculados ao Amazon Web Services (conhecido pela sigla AWS) e o Google Cloud acabaram bloqueados. Por tabela, isso derrubou milhões de sites e serviços que dependiam dessas plataformas.
Na época, a ordem de bloqueio ao Telegram veio após o aplicativo se recusar a oferecer às autoridades locais uma “porta dos fundos” no aplicativo que permita acesso ao conteúdo trocado pelos seus usuários.
Após a decisão, o fundador do app Pavel Durov orientou seus usuários a não removerem ou reinstalarem o aplicativo, afirmando que o Telegram teria seus próprios meios de furar o bloqueio sem depender de nenhuma ação do público.
Diante dessa situação, o Telegram continou funcionando, sem que seus usuários precisassem de “gambiarras” como o uso de VPNs, também apontadas por Alexandre de Moraes no bloqueio de hoje.