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Telefônica inicia piloto para reduzir custo em banda larga

O objetivo dos testes realizados em São Paulo é permitir uma redução de até 30% nos custos operacionais com serviços de dados por rede fixa


	Instalação de banda larga: a telefônica quer que a implantação dos serviços seja feita sem a necessidade de enviar funcionários para a residência dos clientes
 (Luis Ushirobira/Info)

Instalação de banda larga: a telefônica quer que a implantação dos serviços seja feita sem a necessidade de enviar funcionários para a residência dos clientes (Luis Ushirobira/Info)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 12h31.

Rio de Janeiro - A Telefônica Brasil fechou parceria com a japonesa NEC Corporation para iniciar em São Paulo um projeto-piloto que tem entre os objetivos permitir uma redução de até 30 por cento nos custos operacionais com serviços de dados por rede fixa, informou a companhia à Reuters nesta quinta-feira.

O objetivo é reduzir o número de equipamentos necessários para a instalação da Internet banda larga, de forma que a implantação dos serviços e sua gestão seja feita diretamente pela rede da operadora, por meio da tecnologia de nuvem, sem a necessidade de enviar funcionários para a residência dos clientes.

A previsão é que, depois de adotado comercialmente -- o que deve ocorrer em meados do segundo semestre de 2014 --, o projeto reduza em 15 a 30 por cento os custos operacionais da Vivo nos serviços de dados (que incluem banda larga mais as conexões de médias e grandes empresas), disse à Reuters o diretor de serviços aos clientes da operadora, Ari Falarini.

"A ideia do piloto é ter um equipamento simples em casa, e esse equipamento garantirá toda a comunicação com a nossa rede", disse Falarini. "Toda a inteligência de decisão do que fazer dentro da rede, que conteúdo acessar, ficaria na própria rede, na nuvem", completou.

O piloto estará em teste em um número ainda não definido de clientes do Estado de São Paulo, dentro da base de 3,8 milhões de assinantes de banda larga da Vivo, marca usada pela Telefônica no país. Posteriormente, será ampliado para outros Estados.

De acordo com Falarini, a Vivo não precisará instalar novos servidores para implantar o projeto, pois a empresa utilizará as centrais de processamento de dados da parceira japonesa, uma das maiores companhias de tecnologia de nuvem do mundo.

O teste de virtualização, chamado de vCPE, começará a ser implantado ainda este mês. A empresa afirma que, além de reduzir custos, o projeto dará mais segurança aos aparelhos eletrônicos ligados à rede, com redução de incidentes e panes.


A matriz Telefónica disponibilizou seu centro de pesquisa na Espanha para o projeto, além de laboratórios no Brasil para desenvolvimento e operação. Paralelamente, a NEC está disponibilizando sua tecnologia, explicou Falarini, sem divulgar valores.

Segundo o executivo, há empresas norte-americanas analisando adotar o mesmo sistema, mas em nenhum país do mundo ele já está disponível comercialmente.

Falarini negou que o projeto torne a rede do consumidor mais suscetível a invasões. "Quanto aos aspectos de segurança, desde que a implementação seja feita seguindo os padrões da indústria, a rede estará protegida", disse.

Quanto ao impacto para os recursos humanos da empresa, o executivo afirma que os técnicos que visitam clientes serão qualificados para realizar outro tipo de atividades na rede da operadora em nuvem.

Com a redução de custos, a Vivo também poderá em última análise reduzir o preço dos serviços de banda larga ao consumidor. "Sempre que temos economia de escala importante, isso é considerado." O projeto vCPE é baseado em tecnologias de SDN (Software-Defined Networking, ou redes resolvidas por software) e de NFV (Network Functions Virtualisation - virtualização de funções de rede) da empresa japonesa, informou a Vivo.

Atualizado às 12h31

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