A Telefónica afirmou que está monitorando "todos os cenários" em torno de uma potencial venda da operadora brasileira GVT e está preparada para agir se necessário.

Em comentários após a divulgação do resultado de segundo trimestre, o vice-presidente financeiro da Telefónica, Angel Vila, afirmou que o Brasil não é um mercado em que os consumidores tendem a comprar serviços de telefonia celular e de banda larga em um único pacote, mas que isso pode algum dia evoluir da maneira como aconteceu na Europa.

A Telefónica tem a marca Vivo no Brasil, maior operadora de telefonia celular do país, mas está na terceira posição em telefonia fixa e em banda larga. "No Brasil, nossos negócios fixos estão seguindo o curso de nossa estratégia de recuperação", disse Vila.

Perguntado se a Telefónica está atualmente interessada na GVT, do grupo francês Vivendi, Vila respondeu: "Estamos monitorando todos os cenários possíveis e nos preparando para agir de qualquer forma que for necessária."

A Telefónica perdeu a disputa pela GVT em 2009, quando a Vivendi venceu um leilão pela operadora especializada em banda larga. A Vivendi pode estar mais inclinada a vender a empresa agora, afirmam analistas, porque tem vendido ativos de telecomunicações para se concentrar mais em mídia.

(Por Leila Abboud)