Telefonica (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 13h56.
O presidente da Telefônica Brasil, Antonio Carlos Valente, disse nesta terça-feira (2) estar otimista com apreciação concorrencial da compra da GVT pela empresa, processo que deve ser formalmente concluído em até 90 dias.
"Acreditamos que a operação não deve oferecer dificuldades maiores do ponto de vista concorrencial", disse a jornalistas após evento em Brasília. Segundo ele, após a francesa Vivendi anunciar negociação exclusiva com a Telefónica para venda da GVT começou a correr o prazo de 90 dias para se chegar a um desenho final da operação para então ser submetida formalmente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Para Valente, no mercado de São Paulo, onde a GVT concorre com a Telefônica em mercados como TV paga e banda larga, são poucas as cidades em que poderia haver concentração de mercado. "A GVT, por razões estratégicas, procurou atuar muito fortemente no mercado fora de São Paulo", disse. Segundo ele, no mercado paulista há forte concorrência em várias cidades. Em alguns municípios, há menos concorrência, mas com um número menor de clientes.
Na segunda-feira (1), uma fonte do governo havia dito à Reuters que a compra da GVT pela Telefónica deve enfrentar poucos problemas para ser aprovada. Valente adicionou que a empresa não está participando de conversas sobre uma eventual oferta para a compra fatiada da TIM Participações juntamente com outras empresas.
Na semana passada, uma fonte disse que a Oi, que já declarou que prepara uma oferta pela TIM, pretende se unir à Claro e à Vivo, controlada pela Telefónica, na eventual aquisição. "Não fazemos parte dessa operação", disse Valente, lembrando que o presidente do conselho de administração da espanhola Telefónica, César Alierta, sinalizou que a empresa deve sair do capital das Telecom Italia, controladora da TIM, após fechar a compra da GVT.
Segundo Valente, isso "endereçaria as principais preocupações do Cade" em relação ao grupo. No fim de 2013, o Cade definiu que a Telefónica deveria se desfazer da posição na TIM ou encontrar um novo sócio para a Vivo.
LEILÃO DE 4G
Valente disse que a Vivo questionou alguns itens do edital de licitação da frequência de 700 MHz para quarta geração (4G), que o governo pretende realizar em 30 de setembro.
Segundo o executivo, o principal questionamento refere-se ao fato de o edital não estipular valores máximos a serem gastos pelos vencedores com a limpeza das faixa, hoje usadas pela radiodifusão. "Não há limite superior para o valor necessário".
(Por Leonardo Goy)