A novidade é a quantidade de redes e a definição das ‘saídas’ e ‘chegadas’ dos links (ANDRE VALENTIM)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2012 às 09h03.
São Paulo - A Telebrás segue firme em sua missão de reduzir drasticamente o custo por megabit da banda que chega ao Brasil e assim viabilizar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e suas operações no País.
Ontem, o gerente de Tecnologia e Inovação da Telebrás, Paulo Eduardo Kapp, reafirmou o interesse da estatal de se lançar no mercado de links submarinos e se tornar uma operadora Tier 1, ou seja, com capacidade de conexão direta aos principais pontos de troca de tráfego sem precisar passar por intermediários.
O anúncio - bem como o valor do projeto, de R$ 2 bilhões - já havia sido feito no final do ano passado, com algumas possibilidades de rotas submarinas. A novidade, informada por Kapp, é a quantidade de redes e a definição das ‘saídas’ e ‘chegadas’ dos links. Serão cinco links: Fortaleza-Estados Unidos (com uma derivação, no Caribe, para a Colômbia); Fortaleza-Europa; Fortaleza-Luanda (derivação para Fernando de Noronha); Fortaleza-Santos (com derivação para o Rio de Janeiro); e Santos-Uruguai (Maldonado) com bifurcação para a Argentina (Las Toninas).
“Estamos em busca de um parceiro 100% brasileiro para se associar e fazer parte de outras empresas e consórcios nos projetos de cabos submarinos”, diz.
Sem dar mais detalhes, Kapp informou que já trabalha com uma “short-list” de prováveis parceiros, que investiriam uma parte do capital na construção e operação dessas redes. No mês passado, a Telebrás assinou um memorando de entendimento com a Odebrecht Defesa para a viabilização do projeto de cabos submarinos.
Pelas declarações do executivo, a Telebrás procura ainda outros parceiros. A intenção da empresa é a de iniciar o projeto em junho próximo e o tempo estimado para o estabelecimento dos cinco links é de cinco a seis anos. “Cada uma dessas redes demora, em média, 18 meses, entre projeto e construção. Mas o link Fortaleza-Estados Unidos já deve estar em operação na Copa do Mundo.”