Tecnologia

Tecnologias colocam Coreia do Sul na liderança em inovação

O país conta com 26 milhões de acessos LTE, o que significa uma penetração atual de 51%


	Seul, na Coreia do Sul: o LTE-Advanced terá mais cinco capitais em 2014 e chegará a 99% de cobertura na população
 (Dan Istitene/Getty Images)

Seul, na Coreia do Sul: o LTE-Advanced terá mais cinco capitais em 2014 e chegará a 99% de cobertura na população (Dan Istitene/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 16h18.

São Paulo - Enquanto no Japão mostra um amadurecimento no mercado móvel, a Coreia do Sul aponta como o novo mercado de ponta asiático. O país conta com 26 milhões de acessos LTE, o que significa uma penetração atual de 51%. O diretor da operadora sul-coreana KT Network, Yung-Ha Ji, comemora que a empresa responde por 6,7 milhões dessa base 4G.

E novas tecnologias ainda estão sendo implantadas: o LTE-Advanced terá mais cinco capitais em 2014 e chegará a 99% de cobertura na população. "As frequências que usamos são de 1,8 GHz, 2 GHz e 2.8 GHz. Para fazer a agregação de portadora, é preciso muita banda", detalha ele durante o Ericsson Business Innovation Forum nesta quinta, 31.

A empresa ainda testa o TDD-LTE com 3,4 GHz. "TDD-LTE tem um futuro brilhante, então acredito que governos e agências deveriam alocar mais de 100 MHz de banda", afirma.

A empresa conta com handover automático para reduzir tráfego do serviço de vídeos olleh TV, o que garante reduzir tráfego em 80%. Além disso, possui o que Ji chama de primeira solução de IPTV baseada em web, isto é, over-the-top.

A plataforma foi criada usando a linguagem HTML5, o que a torna compatível inclusive com dispositivos móveis equipados com iOS e Android. 

Outro serviço OTT foi lançado dia 14 de outubro, o LTE Broadcast, que permite otimizar a transmissão em vídeo on-demand ao armazenar em cache o mesmo conteúdo para diferentes usuários. "A KT já utiliza a primeira rede LTE do mundo a usar a virtualização e tecnologia em cloud com acesso coordenado multiponto (CoMP)", explica Yung-Ha Ji.


Bem mais escasso

Entre os próximos passos, segundo o vice-presidente sênior, CTO e diretor da fundação de tecnologia da Ericsson, Ulf Ewaldsson, está a implantação da tecnologia de múltiplos inputs e outputs (MIMO) na quarta geração.

"Um dos recursos mais escassos do mundo será a frequência, mais do que o petróleo. Passando por essa lógica, o MIMO-LTE ficará comercialmente disponível", declarou. "Será um esforço econômico, mas vai acontecer", disse.

Ewaldsson explica que é preciso combinar frequências e portadoras também. "Estamos acabando com frequências, precisamos combiná-las, precisamos de agregadores de portadoras", reforçou o executivo sueco.

Para lidar com tudo isso, a Ericsson aposta no conceito de redes heterogêneas (HetNet) e nas redes definidas por software (SDN).

"Mobilidade é baseada em cobertura e capacidade. Estamos migrando para novas soluções", justifica Ewaldsson. "A transformação da rede já começou para que possamos mostrar ao mundo que investir em rede será compensável."

Na visão do vice-presidente de estratégias tech da Ericsson, Eric Ekkuden, a adoção de SDN não será rápida.

"Não vai acontecer da noite para o dia. Vai levar muitos anos, mas, na maioria dos casos, estamos tomando os primeiros passos", declara. "Pode dar oportunidade de as operadoras alcançarem mais usuários, ganhando Opex (e Capex também).

Acompanhe tudo sobre:4GÁsiaCoreia do SulInovaçãoTelefonia

Mais de Tecnologia

Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok, mas mantém app acessível

50 vezes Musk: bilionário pensou em pagar US$ 5 bilhões para Trump não concorrer

Bancada do Bitcoin: setor cripto doa US$135 mi e elege 253 candidatos pró-cripto nos EUA

Waze enfrenta problemas para usuários nesta quarta-feira, com mudança automática de idioma