Dados na nuvem: tecnologia entra na luta para combater o câncer infantil (iStockPhoto)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 07h25.
Assim como acontece em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças a partir de 1 ano de idade. E, embora os tratamentos tenham avançado muito nos últimos anos (estima-se que sete em cada dez crianças com câncer são curadas quando diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados), a união da ciência com a tecnologia tornou-se uma das principais armas no combate à doença.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o TGen – instituto sem fins lucrativos especializado em tratar doenças como câncer e diabetes – vem usando a computação em nuvem para descobrir o melhor jeito de combater o neuroblastoma, uma das formas mais agressivas de câncer infantil. Com a ajuda da computação de alta performance, o laboratório consegue analisar cerca de 30 terabytes de dados genéticos por paciente (o equivalente a 30 milhões de livros) em apenas seis horas. Antes, o procedimento levava dez dias.
Após essa análise, que mostra a constituição específica do tumor, os dados são inseridos em um banco de dados. Nele, os médicos conseguem buscar casos semelhantes e descobrir a quais medicamentos essas pessoas responderam melhor. Conforme vai sendo alimentada, a rede cria, em tempo real, um repositório das descobertas mais recentes e dos tratamentos mais eficazes. “A tecnologia vem ajudando médicos e cientistas a chegar à melhor decisão de tratamento para cada uma das crianças que lutam contra o câncer”, diz Jeffrey Trent, presidente do TGen.