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Tecnologia ajuda a tratar doenças a distância

Infraestrutura compartilhada de hardware e software interliga hospitais

4-nativa-dell (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 08h06.

Em Torres, cidade gaúcha de 36 000 habitantes a 200 quilômetros da capital Porto Alegre, casos médicos de alta gravidade estão sendo tratados por meio da telemedicina. A computação em grid – infraestrutura compartilhada de hardware e software que interliga os hospitais do Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD) – possibilita que médicos da capital visualizem remotamente a condição clínica dos pacientes e orientem o cirurgião local a fazer os procedimentos cirúrgicos necessários. 

O SSMD é formado por uma rede de hospitais públicos e privados de Porto Alegre e outras sete cidades do interior do Rio Grande do Sul, incluindo Torres. O intuito do projeto é que o compartilhamento de informações ajude a compensar a distância física. “Se o médico tiver alguma dúvida, poderá estabelecer contato remoto com Porto Alegre. Para isso, basta que ele acione o sistema de câmeras, e um especialista, do outro lado, poderá dar sua opinião sobre o caso”, explica Ricardo Sahlberg, diretor corporativo de tecnologia da informação do SSMD. 

Sistemas integrados
A centralização do sistema também facilita a padronização de processos e permite o acesso compartilhado aos prontuários dos pacientes, facilitando a troca de informações. “Antes de informatizarmos os hospitais, os processos eram muito lentos”, diz Andreia Belotto, analista de negócios do sistema. “Os médicos prescreviam receitas que, muitas vezes, demoravam a chegar a setores como farmácia, financeiro e estoque.” 

No SSMD, a telemedicina também é usada para debater procedimentos cirúrgicos com médicos do exterior e ajudar no treinamento de profissionais. “Antes, os estudantes de medicina acompanhavam a cirurgia no local, o que aumentava as chances de contaminação da sala”, diz Sahlberg.
 
No setor de saúde, o compartilhamento de informações vem se mostrando decisivo para melhorar o atendimento a pacientes. Em locais remotos, onde não há profissionais especializados, o acesso ao conhecimento pode significar a diferença entre a vida e a morte. “A computação em grid permite pesquisar patologias ou sintomas de doenças e buscar as melhores indicações para tratamento”, diz Enrico de Vettori, sócio da área de life science e healthcare da consultoria Deloitte.

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