Táxi: há pelo menos sete aplicativos que permitem chamar um taxista pelo smartphone no Brasil (Wilsom Dias/ABr)
Maurício Grego
Publicado em 20 de agosto de 2013 às 13h16.
São Paulo -- No superpovoado mundo do apps para táxi, nomes como Easy Taxi, Taxibeat, 99Taxis, ResolveAí, icab2go, SaferTaxi, e Taxijá disputam passageiros e taxistas entre si. Conversamos com Arthur Pelanda, sócio-diretor da startup Mobinov, dona do Taxijá. Ele conta como o Taxijá tenta se diferenciar oferecendo mais táxis aos usuários.
Como os concorrentes, o Taxijá permite chamar um táxi com alguns poucos toques na tela do smartphone. O app (disponível para Android e iPhone) usa o GPS para determinar a localização do pessoa e envia essa informação ao taxista. O passageiro pode ver a posição do carro num mapa e se comunicar com o motorista.
O Taxijá foi criado em 2011 com capital da Scala IT, empresa que atua há 23 anos prestando serviços de TI para empresas. O serviço tem cerca de 5 mil táxis cadastrados em São Paulo, onde foi implantado primeiro.
“Nenhuma frota de radiotáxi tem mais de 800 carros. Assim, quem usa o aplicativo tem chances muito maiores de conseguir um táxi rapidamente do que quem telefona para uma empresa de radiotáxi”, diz Pelanda.
Taxistas pagam 2 reais por corrida; e mais 6% do valor caso o sistema de pagamento eletrônico da empresa seja usado. Em troca, recebem passageiros para transportar. “A taxa de ocupação dos táxis é de menos de 60%. O app ajuda a elevá-la. Taxistas nos dizem que o faturamento cresce de 20% a 30% depois que o adotam”, diz.
Além disso, numa cidade onde a criminalidade é alta, como São Paulo, o aplicativo pode aumentar um pouco segurança. “O taxista passa a depender menos do ponto para conseguir passageiros. Muitos deles evitam parar no ponto, especialmente à noite, por causa do medo de assaltos”, afirma Pelanda.
Ele diz que o número de corridas iniciadas por meio do app aumenta 40% ao mês: “Quem usa o app não volta atrás. Fizemos uma pesquisa que apontou que 65% dos passageiros que o experimentam voltam a usá-lo. E 97% o recomendariam a um amigo”.
Algumas das concorrentes da Taxijá têm abrangência geográfica maior, atuando em mais cidades brasileiras e até em outros países. Pelanda diz que há espaço para mais de uma empresa no mercado.
“Com o tempo, haverá consolidação. Empresas estrangeiras vão vir para o Brasil cedo ou tarde e é provável que elas cheguem comprando algum serviço local”, prevê.
A Taxijá trabalha tanto com frotas como com taxistas independentes, numa tentativa de oferecer o maior número possível de táxis ao usuário. Assim, aumentam as chances de haver um carro livre perto dele. Além de São Paulo, a empresa já atua em Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador.
Nessas cidades, onde o app começou a funcionar neste ano, o número de táxis é, por enquanto, muito menor. A meta, diz Pelanda, é chegar a Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte até o final do ano. “Até a Copa do Mundo queremos estar em todas as cidades-sede”, diz.
Há dois meses, a Mobinov lançou uma solução voltada para empresas, baseada no mesmo app. Ela permite que os funcionários usem serviços de táxi e coloquem a despesa na conta da companhia.
O Taxijá paga o valor das corridas aos taxistas semanalmente, mas recebe das empresas clientes uma vez por mês. Os funcionários passam a ter acesso a mais táxis do que teriam se a empresa fizesse convênio com uma frota de radiotáxi.
Pelanda argumenta que o serviço ainda melhora a contabilidade das despesas com táxis, evitando fraudes. “Quando um funcionário anda de táxi e pede um recibo para cobrar a despesa da empresa, é comum o taxista perguntar de que valor a pessoa quer o recibo. Com o aplicativo, isso não acontece”, diz.
Este é um vídeo publicitário do Taxijá:
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