Repórter
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 10h04.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 10h13.
O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas extras sobre chips fabricados em Taiwan pode pressionar os preços de celulares em todo o mundo.
A IA que vai no bolso: a Qualcomm aposta nos smartphones para democratizar a IASegundo o Commercial Times, a TSMC, maior fabricante global de semicondutores, já prevê um aumento de até 15% no custo de produção dos componentes para compensar os impactos da nova política comercial.
Inicialmente, cogitava-se que as tarifas ficariam entre 5% e 25%, mas declarações recentes do presidente Donald Trump sugerem que a taxação pode chegar a 100%. O impacto recairia diretamente sobre empresas como Qualcomm e Apple, que dependem da TSMC para fabricar seus chips mais avançados.
Se o custo de produção subir, a tendência é que as fabricantes repassem parte desse reajuste ao consumidor final, encarecendo smartphones globalmente, inclusive no Brasil. [
Para se ter uma ideia do impacto, os dispositivos Android, que utilizam majoritariamente chips da Qualcomm, representam 81% do mercado brasileiro, enquanto o iOS da Apple, que usa semicondutores próprios, responde por 18%.
Uma possível saída para a TSMC seria acelerar a produção dentro dos Estados Unidos, reduzindo a dependência da fabricação em Taiwan. Atualmente, a empresa já constrói novas fábricas no Arizona, com planos de produzir chips de 4 nanômetros no país.
No entanto, essa mudança também elevaria os custos, já que a produção de semicondutores nos EUA é mais cara do que na Ásia.
Trump já indicou que as novas tarifas devem entrar em vigor em breve, e a expectativa é que a regulamentação seja oficializada no dia 18 de fevereiro.