São Paulo — Neste ano, os tablets com Android vão finalmente alcançar o iPad em participação no mercado. A previsão da IDC é que o Android deve fechar o ano com 48,8% do mercado, contra 46% do iOS, da Apple. No ano passado, 51% dos tablets vendidos levavam a marca Apple e só 41,5% rodavam Android.

A IDC revisou para cima suas previsões de venda de tablets para este ano. No início do ano, a empresa estimava que seriam vendidas 172,4 milhões de unidades. Agora, a previsão aponta para 190,9 milhões. A IDC atribui a mudança nas estimativas a um “surto nas vendas de dispositivos menores e de preço mais baixo”.

O rápido avanço do Android vem, em boa parte, do fato de esse sistema ser preferido em tablets de baixo custo. “Um em cada dois tablets entregues neste último trimestre tem tela de menos de 8 polegadas. Esperamos que os tablets pequenos continuem se alastrando em 2013 e nos próximos anos”, diz Jitesh Ubrani, analista de pesquisa da IDC, num comunicado distribuído pela empresa à imprensa.

“Os fabricantes estão se movendo com rapidez para competir nesse segmento do mercado à medida que os consumidores percebem que esses dispositivos pequenos são mais adequados para eles que os modelos maiores”, completa ele.

O Android deve manter a liderança do mercado nos próximos anos. Mas, na previsão da IDC, o sistema do Google como o iOS devem perder um pouco de participação no mercado para o Windows daqui em diante. A estimativa é que o Android chegue a 2017 com 46% do mercado e, o iOS, com 43,5%.

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Nas contas da IDC, as diversas versões do Windows têm, hoje, 4,7% de participação. Em 2017, devem ser 10,1%, divididos entre o Windows RT (2,7%) e o Windows 8 e seus sucessores (7,4%). 

“A decisão da Microsoft de oferecer dois sistemas operacionais diferentes para tablets – Windows 8 e Windows RT – trouxe resultados ruins no mercado até agora”, diz Tom Minelli, diretor de pesquisa de tablets da IDC.

“Os consumidores não se convenceram com a oferta de preço mais baixo do Windows RT. Achamos que a Microsoft e seus parceiros estariam melhor se mantivessem o foco em melhorar o Windows 8. Esse foco poderia levar a maior aumento de participação no mercado com o tempo”, analisa Minelli. 

Uma consequência do crescimento mais veloz do mercado de tablets é que as vendas de e-readers devem cair mais rapidamente do que havia sido previsto antes. Segundo os números da IDC, esses aparelhos atingiram seu auge em 2011, quando 26,4 milhões de unidades foram vendidas no mundo.

Em 2012, já houve queda acentuada nas vendas, estimadas em 18,2 milhões de unidades. A IDC diz que ainda pode haver leve crescimento em 2013 e 2014. Mas, de 2015 em diante, o e-reader deve entrar em “gradual e permanente declínio”.