pesquisas de comportamento do consumidor mostram que os donos de iPads veem mais vídeos, notícias e outros conteúdos on-line do que outras pessoas (Divulgação/Apple)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 15h20.
São Francisco - Conectado à internet, maior do que um telefone, mas menor do que um laptop, o tablet surgiu como a tendência mais bem-sucedida de 2010, para satisfazer uma geração que vive em busca da conexão onipresente.
O iPad, lançado em abril pela Apple, converteu-se no acessório digital imprescindível do ano.
Enquanto isso, os rivais tentam destronar a empresa que define as tendências antes que ela monopolize o mercado dos tablets, da mesma maneira que seu iPod fez no mercado dos tocadores de MP3.
"A Apple acertou em cheio e fez de seu tablet um sucesso", disse o analista da Gartner, Ken Dulaney. "Haverá muita gente tentando destroná-lo, mas vai acontecer como com os iPods. Todo mundo quer um".
O estilo de vida na era da internet abriu caminho para que a estreia dos tablets fosse bem-sucedida, de acordo com a analista da Forrester Research Sarah Rotman Epps.
As semanas de trabalho tornaram-se mais longas com a proliferação de dispositivos que mantêm as pessoas constantemente conectadas com seus chefes durante a noite e nos fins de semana, de acordo com estatísticas da Forrester.
"Os consumidores estão trabalhando o tempo todo, eles têm menos tempo livre e menos dinheiro para gastar, mas ainda querem maximizar o aproveitamento que têm" através destes acessórios, explicou Rotman à AFP.
Segundo as estatísticas de Forrester, 26% dos consumidores americanos que compraram iPads o utilizam para o trabalho e para atividades pessoais.
"As pessoas estão usando o tablet para ler o Wall Street Journal ou ver TV na cama", disse Rotman Epps. "Em algumas circunstâncias, está substituindo os laptops, a televisão e a mídia impressa".
As pesquisas de comportamento do consumidor mostram que os donos de iPads veem mais vídeos, notícias e outros conteúdos on-line do que outras pessoas.
A evolução da tecnologia sem fio, o crescimento da demanda por comunicações mais rápidas e um acesso mais ágil à internet são as principais tendências que irão moldar os setores de telecomunicações, mídia e tecnologia nos Estados Unidos nesta década, informa um relatório da consultoria Moody divulgado neste mês.