Tablet S da Sony: aparelho é ergonômico e leve, mas peca pela falta de 3G e entrada HDMI (Getty Images/Sean Gallup)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2012 às 10h48.
São Paulo - Enquanto a maioria dos fabricantes aposta em um layout ultrafino e compacto para seus tablets, a Sony decidiu ressaltar a ergonomia em uma carcaça no mínimo inusitada. Com um lado mais espesso que outro, muito similar à lombada de um livro ou uma revista dobrada, o Tablet S é de fato muito bom de manusear.
Pesando 593 gramas, o tablet “gordinho” é mais leve que o iPad 2, Xoom 2 e muitos concorrentes com tela de 9 ou 10 polegadas. Por sua lateral mais espessa, segurar o tablet na vertical para a leitura de um livro, revista ou navegação na web é muito confortável. A Sony destaca a inclinação natural da tela como ideal para digitação. No entanto, para proporcionar um uso de fato confortável sobre a mesa, a inclinação deveria ser muito maior. Nesse ponto não há uma vantagem tão grande.
Lançado no segundo semestre de 2011, o Tablet S chega ao Brasil com uma configuração já ultrapassada pela concorrência. Com tela de 9,4 polegadas e resolução de 1.280 por 800 pixels, o dispositivo tem como principal trunfo a versão mais atual do Android, a Ice Cream Sandwich e uma boa interface. O Nvidia Tegra 2, com processador de dois núcleos de 1 GHz e uma GPU ULP GeForce, executa aplicativos, vídeos e jogos sem grandes problemas. Os engasgos acontecem quando muita coisa funciona ao mesmo tempo.
Mesmo sem saída HDMI, o apelo multimídia do Tablet S é grande. Munido de um sensor infravermelho, o tablet funciona como um controle remoto universal. Com ele é possível ajustar TVs, aparelhos de som e um bom número de eletrônicos. Com uma interface simples, o software que gerencia essa função é fácil de usar e bastante intuitivo. A compatibilidade com produtos Sony é completa, mas há também aparelhos de outras marcas.
Para enviar vídeos e fotos para a TV o dispositivo depende do protocolo DLNA. O acesso a arquivos e envio para gadgets compatíveis ocorre sem grandes problemas. Um defeito é a incapacidade em reproduzir legendas no formato srt. O player de vídeo nativo reproduz os formatos MOV e DivX em 1.080p e arquivos MKV, AVI e MPEG4 em 720p.
Uma versão reduzida da PlayStation Network garante o acesso do tablet a jogos clássicos dos consoles da Sony, como o Crash Bandicoot (já instalado). A adaptação não é tão boa quanto a que vemos no XperiaPlay, smartphone da Sony com forte apelo para os games.
Com duração de bateria registrada em 5 horas e 11 minutos nos testes do INFOlab, o tablet da Sony ficou devendo energia. O resultado ficou abaixo da maioria dos concorrentes, até mesmo dos com telas maiores.
Avaliação do editor Airton Lopes
Enquanto vários fabricantes se inspiram (alguns até demais) no design do iPad, a Sony ousa no formato do seu tablet. O perfil do Tablet S é o de uma cunha, com a espessura variando de 0,9 a 2 centímetros. Esse desenho faz com que ele fique levemente inclinado na posição horizontal, facilitando a digitação. Na vertical, a vantagem é a maior firmeza e o conforto para agarrá-lo com a mão esquerda na lateral mais grossa e arredondada.
O peso é 11% menor do que o do novo iPad. O que depõe contra o design do Tablet S é o acabamento em plástico da traseira. A configuração do modelo é boa, principalmente pelo Android 4 Ice Cream Sandwich, a versão mais recente do sistema do Google. Os 32 GB de memória interna podem ser expandidos com cartão SD. Outro recurso bacana é o infravermelho para transformar o tablet em controle remoto universal. O Tablet S não tem 3G e nem saída HDMI. O carregador de energia parece uma fonte de laptop.