A Positivo é a maior fabricante de PCs do Brasil, com 13,5% do mercado no segundo trimestre, segundo a IDC (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2011 às 10h10.
São Paulo — Nesta terça-feira, durante uma coletiva de imprensa em São Paulo, Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, disse que o primeiro tablet fabricado pela empresa será apresentado em setembro. De acordo com o executivo, o aparelho – ainda sem nome definido – rodará a última versão do sistema operacional Android, do Google, e terá como foco principal o varejo, além de projetos ligados à educação. “Não posso definir uma data específica agora. Mas ele será apresentado no próximo mês”, afirmou. Os dispositivos estarão no mercado até dezembro, aproveitando a alta nas vendas de eletrônicos – comum nessa época do ano.
Rotenberg não entrou em detalhes sobre preços ou configurações do produto, mas afirmou que tem em mãos um tablet bem interessante para o consumidor brasileiro. “Passamos mais de um ano estudando o mercado nacional para fazer esse lançamento”, disse. “Esteticamente, posso dizer que ele foi feito com foco na família brasileira e não nos padrões da Apple e seu iPad.”
Apesar das fortes apostas da Positivo no mercado educacional, o presidente da companhia levantou dúvidas em relação ao incentivo do uso de tablets nas salas de aula. “O tablet foi feito para consumir conteúdo. Se você vai oferecer um único dispositivo aos alunos, seria melhor apostar em algo capaz de produzir conteúdo também, como um computador”, disse ao lembrar que a ergonomia do teclado virtual não favorece seu uso contínuo por várias horas seguidas.
Após levantar a questão, Rotenberg concordou que os tablets são ótimos para a leitura de livros eletrônicos, mas que o baixo número de obras em português – pouco mais de 4.000 – pode não ser o suficiente para atender o público atual, incluindo os usuários de leitores de e-books, como o caso do Alpha, também produzido pela empresa, e do Cool-er, distribuído pela livraria virtual Gato Sabido.
Preços acessíveis
Em março, o Ministério das Comunicações informou que os fabricantes nacionais de tablets, como a própria Positivo e a Itautec – que também demonstrou interesse na área –, serão desoneradas de impostos como Cofins e PIS. Com os cortes, o valor final dos aparelhos pode chegar a um mínimo 500 reais, bem abaixo dos 1.650 reais cobrados pela versão mais básica do iPad no Brasil.