Supercomputadores que criam mapas sísmicos 3-D dos ativos de petróleo e gás da BHP Billiton estão acelerando o trabalho de levar novos campos à produção e já atingiram economias de US$ 500 milhões em custos de desenvolvimento em um projeto no Caribe.
Os computadores estão entre as iniciativas que visam ao uso de tecnologias como drones e brocas robôs para reduzir os custos operacionais e de desenvolvimento de projetos potenciais, como o depósito de potássio Jansen, no Canadá, disse a diretora de tecnologia da empresa, Diane Jurgens, na sexta-feira, em entrevista.
O processamento de dados de exploração em um centro de Houston está reduzindo o tempo necessário para produzir petróleo em áreas de Trinidad e Tobago de sete para três anos, disse ela.
“Isso nos ajuda a ficar mais próximos do petróleo pela primeira vez e mais perto da reserva e isso elimina anos do que normalmente teríamos que fazer em termos de perfuração e exploração”, disse Jurgens, contratada no ano passado e nomeada ao cargo em fevereiro após 17 anos de carreira, somando General Motors e uma passagem anterior pela Boeing.
“As operações atuais foram aceleradas em quatro anos. Isto representa US$ 500 milhões em economia por trazer o primeiro petróleo à superfície mais rapidamente”.
As maiores empresas de mineração estão colocando uma ênfase maior no uso de novas tecnologias para estender o impulso de corte de custos pensado para ampliar as margens em um momento em que a expansão global morna limita o crescimento da demanda e em que os preços das commodities são negociados em cerca de 50 por cento abaixo do pico de 2011.
Uma melhor utilização da tecnologia ampliará os volumes, melhorará a segurança e reduzirá as despesas, disse o CEO da BHP, Andrew Mackenzie em uma conferência em Miami, em maio.
A Rio Tinto Group, que opera a maior frota de caminhões autônomos do mundo, usou a tecnologia para reduzir em 13 por cento os custos de transporte e carregamento em sua divisão de minério de ferro, disse a empresa em uma apresentação no ano passado.
A Telstra, maior empresa de telefonia da Austrália, disse no mês passado que formou uma unidade de serviços de mineração liderada por ex-executivos da Rio e da Anglo American com o objetivo de conquistar clientes no setor em busca de novos métodos de economia.
"País das maravilhas"
Jurgens, que trabalha em Singapura, também está se concentrando no trabalho de reduzir o custo potencial do desenvolvimento do projeto de Jansen, nas pradarias canadenses.
Desde que entrou na BHP, Jurgens já visitou o empreendimento de potássio duas vezes, disse ela.
“Jansen é terra virgem, um projeto totalmente novo. É um país das maravilhas em termos de tecnologia”, disse Jurgens.
A produtora está testando o potencial emprego de tecnologias como as máquinas de perfuração mais recentes e o uso de correias transportadoras móveis no lugar de caminhões. “Elas são uma opção para fazer um projeto muito eficiente”.
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1. Computadores ultra rápidos
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1/18 (Getty Images)
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2. Tianhe-2
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2/18 (Reprodução / Jack Dongarra)
A primeira colocação fica com o chinês Tianhe-2, que ocupa o posto desde junho do ano passado. Sua capacidade chega a 33,86 petaflop/s, ou mais de 33 quatrilhões de operações de ponto flutuante por segundo. A máquina conta com 3.120.000 núcleos de processamento 1.024.000 GB de memória RAM.
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3. Titan
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3/18 (Divulgação)
O segundo lugar segue nas mãos do Titan, que fica no Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos EUA. Com 560.640 núcleos e 710.144 GB de RAM, ele atinge até 17,5 PFlop/s e foi desenvolvido pela Cray Inc.
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4. Sequoia
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4/18 (Divulgação / LLNL)
Na terceira posição está o também norte-americano Sequoia, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore. São mais de 1,5 milhão de núcleos e 1.520.000 GB de RAM, que ainda assim ficam limitados a uma capacidade de processamento de 17,17 PFlop/s.
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5. K Computer
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5/18 (Reprodução / Riken)
O japonês K Computer aparece em quarto no ranking. Ele fica no Instituto Avançado para Ciência Computacional, em Kobe, e atinge uma taxa média de 10,5 PFlop/s – bem menor que a dos anteriores. A máquina tem pouco mais de 705 mil núcleos e 1.410.048 GB de memória.
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6. Mira
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6/18 (Wikimedia Commons)
Outro norte-americano da lista, o Mira está instalado no Laboratório Nacional de Argonne e executa uma média de 8,5 quatrilhões de operações de ponto flutuantes por segundo (8,5 PFlop/s). Ele tem 786 mil núcleos de processamento e quantidade de memória não informada.
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7. Piz Daint
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7/18 (Reprodução / HPC-CH)
O suíço Piz Daint fica no Centro Nacional de Supercomputação do país e tem capacidade de 6,2 PFlop/s. Para chegar a esse número, ele conta com quase 116 mil núcleos de processamento, apoiados por uma quantia não revelada de memória.
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8. Stampede
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8/18 (Reprodução / Bionews-TX)
Instalado no Centro de Computação Avançada do Texas, o Stampede tem 462 mil núcleos de processamento e pouco mais de 192 mil GB de memória. Graças a isso, ele atinge uma média de 5,1 PFlop/s.
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9. JUQUEEN
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9/18 (Divulgação)
Primeiro alemão da lista, o JUQUEEN está no Centro de Pesquisas Jülich e tem seus 458 mil núcleos de processamento, mais ou menos. Sua capacidade é de pouco mais de 5 PFlop/s, mesmo com uma quantidade de memória bem superior à do Stampede: 458.752 GB.
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10. Vulcan
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10/18 (Divulgação / LLNL)
Nono na classificação e quinto norte-americano do ranking, o Vulcan está no laboratório do Sequoia, o Lawrence Livermore. Sua capacidade de processamento é bem menor, no entanto, batendo a casa dos 4,2 PFlop/s, apoiada por 393 mil núcleos e 393 mil GB de memória.
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11. Cray XC30
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11/18 (Divulgação)
Novato na lista, um modelo deste Cray XC30 está instalado em uma base não informada e é utilizado pelo governo norte-americano. Ele tem mais de 225 mil núcleos, memória não revelada e capacidade média de 3,1 Pflop/s.
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12. HPC2
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12/18 (Roger Smith / Flickr)
Italiano e também novo no ranking, o HPC2 tem estrutura similar à desse supercomputador da foto (o Talon, da Mississippi State University), mas um tanto maior e em outro local, um centro da Eni S.p.A. Com 62.640 núcleos, ele é capaz de pouco mais de 3 quadrilhões de operações de ponto flutuante por segundo (3,003 PFlop/s).
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13. SuperMUC
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13/18 (Reprodução / Lenoaj.hu)
Hoje décimo-segundo, o alemão SuperMUC ocupava a nona posição até o meio do ano passado. Também da IBM e instalado no Centro de Supercomputação de Leibniz, ele conta com 147.456 núcleos de processamento e capacidade de 2,89 PFlop/s.
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14. TSUBAME 2.5
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14/18 (Reprodução / Nvidia)
O japonês TSUBAME 2.5 é obra da NEC/HP e tem capacidade de 2,84 PFlop/s. Seus pouco mais de 74 mil núcleos são apoiados por outros 74 mil GB de memória.
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15. Tianhe-1A
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15/18 (Divulgação)
Antecessor do primeiro colocado do ranking, o Tianhe-1A está hoje no Centro Nacional de Supercomputação de Tianjin, na China. E só pela posição na lista, já dá para saber que ele é bem mais fraco que o supercomputador mais novo: a capacidade é de 2,56 PFlop/s, com quase 230 mil GB de memória e 186.368 núcleos.
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16. Cascade
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16/18 (PNNL / Flickr)
O décimo-quinto, por fim, é o norte-americano Cascade, instalado no Enviromental Molecular Sciences Laboratory (acima), no campus Pacific Northwest National Laboratory. São 2,53 PFlop/s de capacidade média, 194.616 núcleos e 184.320 GB de memória na máquina desenvolvida pela Atipa Technology.
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17. CIMATEC01
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17/18 (Reprodução)
O primeiro do Brasil a aparecer na lista é o CIMATEC01, instalado no SENAI/CIMATEC de Salvador. Ele tomou o lugar do Grifo04 como o brasileiro melhor colocado, e ocupa a 94ª posição no ranking, com capacidade de 0,41 PFlop/s, 17.200 núcleos de processamento e 132 mil GB de memória.
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18. Agora veja como as tecnologias de big data estão mudando a computação:
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18/18 (ALEXANDRE BATTIBUGLI)