Sul-coreanos são seguidos de longe por neozelandeses e australianos, com 537 pontos nos dois casos (Sxc.hu)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2011 às 07h50.
Paris - Os estudantes sul-coreanos, com 568 pontos - a média é de 499 na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) -, estão no topo do ranking de leitura de textos pela internet, seguidos de longe por neozelandeses e australianos com 537 pontos nos dois casos.
Publicado nesta terça-feira, o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) avalia a capacidade de absorção da informação procedente de diferentes fontes, a credibilidade utilizada e a navegação em sites de forma autônoma e eficiente.
Entre os últimos postos dos 16 países da OCDE que participaram de 2009 da experiência, os estudantes chilenos de 15 anos aparecem com 435 pontos, distante dos que se situavam imediatamente acima: Áustria (459), Polônia (464), Hungria (468) e Espanha (475).
Colômbia ficou ainda mais abaixo, com 368 pontos, após ser submetido à mesma análise, apesar de não pertencer à organização. O mesmo que Hong Kong (515 pontos) e Macau (492).
Com notas acima da média aparecem Japão (519), Islândia (512), Suécia (510), Irlanda (509), Bélgica (507) e Noruega (500), e logo atrás aparecem França (494) e Dinamarca (489).
Globalmente, 8,5% dos alunos dos 16 países da OCDE alcançaram ao menos o nível 5 de capacidades leitoras em linha, embora com notáveis diferenças por países.
Assim na Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália 17% estavam nesse nível 5 ou superior, enquanto mais da quarta parte no Chile, Áustria, Hungria e Polônia não alcançavam sequer o nível 2, considerado o mínimo para um pleno acesso às oportunidades educativas, de emprego e sociais próprias do século 21. Na Colômbia era quase 70% o que não chegava.
Os resultados deste novo estudo Pisa são muito similares a outros precedentes que avaliavam as habilidades de leitura de textos impressos, nos quais novamente a Coreia do Sul aparecia na primeira posição com 539 pontos, seguido por Hong Kong (533), Nova Zelândia (521), Japão (520) e Austrália (515).
Na parte de baixo da tábua apareciam Dinamarca (495), Hungria (494), Espanha (481), Áustria (470), Chile (449) e mais uma vez a Colômbia (413).
Os autores da pesquisa indicaram que os países com piores números tendem a mostrar melhores resultados na compreensão de leitura de textos impressos.
Destaque ainda para a diferença entre meninos e meninas - em favor sempre destas últimas - é algo menor na leitura na internet, com 24 pontos de diferença no conjunto da OCDE frente a 39.
Constataram que o percentual de alunos que dispõe de equipamentos de informática em casa aumentou notavelmente, ao passar de 72% em 2000 para 94% em 2009, com até 99,1% na Islândia, 98,7% na Noruega, 98,2% na Áustria, mas logo após que 87,5% na Coreia do Sul. A proporção mínima, no entanto, é a do Chile (73,2%).
Nos centros escolares, o percentual médio dos estudantes que utilizam computadores é de 74,2% na OCDE, com mais de 90% em países nórdicos como a Dinamarca, Noruega, mas também na Austrália, 62,7% na Coreia do Sul, menos, portanto, que na Espanha (65,5%) e o Chile (56,8%).
De qualquer maneira, entre as conclusões do estudo figura a que os "usuários moderados" da rede obtêm notas mais altas na capacidade de leitura que os "intensivos" ou que os se conectam esporadicamente.
Além disso, quanto mais intensivo é o uso de computadores na escola, os resultados se ressentem. Pelo contrário, há uma associação positiva entre o uso do computador em casa para fins de lazer e a aquisição de capacidades de compreensão dos textos.