Tecnologia

“Steve Jobs” chinês é o novo chefe de Hugo Barra na Xiaomi

Pouco conhecida no mercado brasileiro, empresa foi fundada em Pequim no ano de 2010 e conta com 2,4 mil empregados e receitas estimadas em US$2 bilhões

Lei Jun: empreendedor veste um “uniforme” composto por tênis, calças jeans e camiseta preta e, ao estilo de Jobs, realiza apresentações performáticas durante lançamentos (Reuters)

Lei Jun: empreendedor veste um “uniforme” composto por tênis, calças jeans e camiseta preta e, ao estilo de Jobs, realiza apresentações performáticas durante lançamentos (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 09h41.

São Paulo – O mercado de tecnologia foi surpreendido na manhã desta quinta-feira pela notícia de que o brasileiro Hugo Barra, vice-presidente do Google para Android, deixaria seu cargo para ocupar a vice-presidência global da Xiaomi, fabricante chinesa de smartphones.

Pouco conhecida no mercado brasileiro, a empresa foi fundada em Pequim no ano de 2010 e conta com 2,4 mil empregados e receitas estimadas em 2 bilhões de dólares. Por enquanto, o alcance da companhia é restrito: ela vende smartphones para Hong Kong e Taiwan, além de abastecer o mercado interno de seu país. Mesmo assim, ela já comercializou cerca de 7 milhões de dispositivos em 2012 e pretende dobrar esse número neste ano.

De olho no mercado de smartphones topo de linha, a Xiaomi ganhou o apelido de “Apple do Oriente”. A alcunha, no entanto, se deve mais ao desejo da empresa de copiar os passos da empresa americana do que por conta da tradição em desenvolver produtos inovadores.

Lei Jun, o CEO da empresa, leva a sério o desejo de transformar a companhia na Apple chinesa. A começar por sua própria personalidade: o empreendedor de 43 anos veste um “uniforme” composto por tênis, calças jeans e camiseta preta e, ao estilo de Steve Jobs, realiza apresentações performáticas durante o lançamento de novos produtos.

Antes de fundar a Xiaomi, o Steve Jobs oriental fundou em 1998 o site de comércio eletrônico Joyo, que ganhou popularidade no país e foi comprado pela Amazon, em 2004, por 75 milhões de dólares. Após o sucesso inicial, ele investiu em outras empresas de tecnologia até desenvolver uma fabricante própria de smartphones.


Com fortuna avaliada pela revista Forbes em 1,75 bilhão de dólares, Jun é o 55º homem mais rico da China. Por meio da rede social Weibo, ele costuma interagir com os mais de 5 milhões de seguidores: nesta quinta-feira, o executivo postou uma nota em sua página pessoal informando a chegada de Hugo Barra à sua empresa.

Aliás, se depender dos planos do CEO da Xiaomi, trabalho não faltará ao brasileiro no objetivo de expandir globalmente o nome da empresa. Em entrevista ao periódico americano The New York Times, Jun afirmou que não deseja ser líder de uma empresa conhecida por produzir celulares chineses baratos. “Nós estaremos no ranking das 500 maiores empresas do mundo da Fortune”, disse ao jornal o confiante executivo.

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