Tecnologia

Spotify compra concorrente do Clubhouse e terá salas de conversa

Acordo deve trazer o modelo de áudio ao vivo para a plataforma. Valores do negócio não foram divulgados

Spotify: nova aquisição soma-se a outras já realizadas pela gigante sueca, que quer ser líder do mercado de consumo de áudio (Lucas Jackson/Reuters)

Spotify: nova aquisição soma-se a outras já realizadas pela gigante sueca, que quer ser líder do mercado de consumo de áudio (Lucas Jackson/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 30 de março de 2021 às 10h38.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 08h30.

O Spotify anunciou nesta terça-feira, 30, a aquisição da Betty Labs, empresa criadora do aplicativo Locker Room, de salas de áudio ao vivo. Focado em conversas com fãs sobre bastidores de esportes, o Locker Room é um dos concorrentes do Clubhouse.

Os valores do negócio não foram informados. O plano é expandir a usabilidade do aplicativo para os milhões de usuários do Spotify e permitir que a plataforma tenha a função de salas de conversa.

"Nos próximos meses, o Spotify vai evoluir e expandir o Locker Room em uma experiência de áudio aprimorada para um espectro amplo de fãs e criadores. Através dessa experiência ao vivo, o Spotify vai oferecer uma gama de programação cultural, esportiva e musical", disse a empresa em nota.

A proeminência do mercado de áudio ao vivo e salas de bate-papo surgiu com o crescimento do Clubhouse, um aplicativo disponível apenas para iPhones que ganhou popularidade durante a pandemia e recebeu 10 milhões de instalações só em fevereiro, de acordo com dados do SensorTower.

"Criadores de conteúdo e fãs têm nos pedido por formatos de áudio ao vivo no Spotify, e nós estamos animados de que, em breve, nós teremos essa opção disponível para centenas de milhões de ouvintes e criadores na nossa plataforma", afirmou Gustav Söderström, diretor de pesquisa e desenvolvimento na empresa de streaming, em comunicado.

Antes mesmo de anunciar a aquisição, o Spotify já havia se posicionado como uma empresa que estaria à frente do desenvolvimento do mercado de áudio. Nos últimos anos, a empresa anunciou uma série de aquisições, como a Megaphone para focar mercado de publicidade direcionada, até a podcasts exclusivos, como o sucesso Joe Rogan Experience.

Em fevereiro, o Spotify havia realizado um evento em que explicou parte dos investimentos que tem feito e como a compra de empresas como Gimlet Media e The Ringer iriam auxiliar na criação de novos produtos, shows ficcionais e podcasts jornalísticos e documentais.

A empresa também anunciou uma expansão global, traduzindo o aplicativo para 36 novos idiomas e expectativa de alcançar 1 bilhão de potenciais novos usuários em 80 novos mercados.

Além do Spotify, outras gigantes tentar navegar este mercado. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, e Jack Dorsey, do Twitter, já encontraram formas de replicar o estilo do ClubHouse. Assim como os stories partiram do Instagram para todas as outras redes imagináveis, as salas do ClubHouse tiveram sua fórmula reproduzida (embora não exatamente) pelos gigantes.

Em fevereiro, o Twitter divulgou o Spaces, funcionalidade que será lançada para todos os usuários em abril e que permite que um grupo de até 10 pessoas se reúna para debater um assunto diante de uma audiência. Já o Instagram anunciou que agora suas lives poderiam ter até três outros convidados. Antes, só mais um convidado tinha acesso.

 

Acompanhe tudo sobre:Clubhouse (rede social)EXAME-no-InstagramPodcastsSpotify

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble