Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 07h39.
Quem gosta de ver fotos no smartphone e na TV não precisa de muitos outros argumentos para prestar atenção no Xperia S. A tela de 4,3 polegadas com resolução de 720 por 1.280 pixels exibe com cores intensas os retratos feitos pela câmera de 12 MP. A qualidade geral das fotos é muito boa. Porém, se a intenção for ampliar bastante regiões da imagem em busca de detalhes, os olhos perceberão um nível de ruído acima do desejável. Ligado na TV por HDMI, o Xperia S exibe o conteúdo em uma interface polida. Se o televisor for da Sony, dá até para usar o controle remoto para comandar a reprodução. A configuração do Xperia S é bem satisfatória, especialmente pelos 32 GB de memória, mas está um degrau abaixo dos competidores de topo de linha. Ele não é compatível com as redes HSPA+, não tem entrada para cartão e é necessário aguardar a atualização do Android 2.3 para o 4. Para aproveitar recursos como o NFC, a Sony oferece alguns acessórios para o modelo, como as SmartTags NFC (pacote com quatro custa 69,90 reais) e o SmartWatch, um relógio com bluetooth que controla o aparelho, acessa e-mails e SMS.
Avaliação do editor Cauã Taborda
O aparelho mais forte da geração NXT, da Sony, chega ao Brasil por 1.799 reais com bons recursos. Mesmo que o Android 2.3 (Gingerbread) não seja tão glamuroso em relação ao novo Jelly Bean, a fabricante já prometeu uma atualização para o Ice Cream Sandwich. A bem elaborada interface Timescape pode ajudar a conter a avidez por atualizações, pois seu aspecto visual tem muita qualidade.
É difícil não reparar na tela de 4,3 polegadas desse smartphone. Com resolução de 720 por 1.280 pixels, ela oferece uma densidade de 342 ppi. A grande quantidade de pixels e a Sony Bravia Engine dão ao Xperia S um cuidado visual acima da média.
Principais vantagens:
Tela de 4,3 com resolução de 720 por 1.280 pixels
Sony Bravia Engine
Câmera principal de 12 megapixels
GPS com A-GPS, GLONASS
32 GB de armazenamento
NFC
1 GB de RAM
Principais desvantagens:
Processador dual core de 1,5 GHz (concorrentes já têm modelos quad core)
Padrão microSIM
Sem entrada para microSD
Tecla dedicada para a câmera tem resposta ruim
Sem suporte a redes HSPA+
Construído totalmente em plástico, o Xperia S não é um smartphone muito compacto e agradável de segurar. Mas, por outro lado, o aparelho é elegante. Abaixo da tela há uma faixa luminosa e transparente. Ela abriga os botões Home, Menu e Voltar. Sensível ao toque, sua operação não é das mais intuitivas. O aparelho traz três pequenos pontos logo acima de cada item. São eles que devem ser tocados para gerar uma ação, e não cada um dos ícones. Durante os testes do INFOlab, demoramos um tempo considerável para nos acostumarmos com a ação.
Além da tela de qualidade e câmera, o Xperia S traz recursos que o destacam dos concorrentes, como suporte à rede GLONASS, saída microHDMI (sem necessidade de adaptador), um uso inteligente do NFC com as SmartTags e armazenamento interno de boa capacidade. Mesmo sem entrada para cartões microSD, o espaço interno fica acima da maioria dos concorrentes, principalmente em sua faixa de preço.
Medindo 6,4 por 12,8 por 1,0 cm, o aparelho possui uma curvatura na tampa traseira para que se encaixe nas mãos de uma forma mais ergonômica. No entanto, as laterais quadradas e o acabamento em plástico não contribuem para um manuseio agradável. Mas a textura da tampa, que lembra borracha, faz com que o smartphone não escorregue com facilidade, o que é muito positivo. O peso de 144 g não faz do Xperia S o smartphone mais leve do mercado, mas o fato dele ser gordinho em relação aos adversários não gera nenhum incômodo durante o uso ou para leva-lo ao bolso.
Deixando a inconveniente confusão de lado, a faixa transparente e iluminada dá um toque especial ao aparelho. Há quem possa julgar aquela porção do aparelho desnecessária, mas consideramos um complemento agradável.
As conexões USB e microHDMI (uma em cada lateral) são cobertas por uma tampa de borracha. Na mesma lateral da saída HDMI estão os controles de volume e botão dedicado à câmera. Mesmo que a presença dessa tecla dedicada seja positiva, durante os testes sua precisão não foi das melhores. É necessário exercer uma pressão grande para registrar uma imagem e o ponto para ajuste de foco é confuso. Na face superior, o botão para ligar/desligar o aparelho divide espaço com a entrada P2 para fones.
Emoldurada por um fundo preto, a tela de 4,3 polegadas prende a atenção. Completamente plana, ela responde bem aos toques mesmo nas extremidades. O brilho em é suficiente para permitir a leitura em um dia ensolarado ou mesmo curtir um filme com boa riqueza de detalhes. Mesmo que o contraste seja interessante, o resultado obtido no Xperia Arc S pareceu mais adequado. A player nativo rodou os formatos MKV, MOV, MPEG-4, DivX e XviD em 1.080p, mas sem executar legendas no formato SRT.
Um grande recurso do aparelho para quem deseja utilizá-lo como central de mídia - além da saída microHDMI - é o Wi-Fi Direct. Com esse recurso o vídeo pode ser transmitido a um dispositivo compatível (não só a uma TV) sem nenhum fio. Os aparelhos só precisam estar conectados na mesma rede. A reprodução pela porta microHDMI é feita em 1.080p.
Os 12 megapixels faze com que a câmera do Xperia S seja comparada à de compactas mais simples. Além das opções tradicionais, como balanço de branco, saturação e ISO, ela conta com o recurso de panorama e HDR (High Dinamic Range). O HDR mescla fotos com valores de exposição diferentes, gerando uma nova imagem com compensação de luz e maior riqueza nos detalhes. O recurso funciona dentro do esperado, mas não há marcação para distinguir a foto com HDR da original.
Com ambientes muito iluminados e fotos externas, o aparelho se comporta muito bem. As fotos tem boa fidelidade nas cores e definição acima da média. Com pouca luz (fotos noturnas e ambientes internos, com iluminação artificial), o ruído se torna aparente e a qualidade geral das imagens reduz bastante. Mesmo assim, o resultado obtido é superior a outros aparelhos topo de linha, como o Galaxy S III. Se o seu negócio são boas fotos e vídeos, o Xperia S é um forte candidato. Na gravação de vídeo, feita em 1.080p a 30 quadros por segundo, vale destacar a captação de áudio estéreo.
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|quebra|
Se você só conhece a interface Timescape da época do Xperia X10, provavelmente sua concepção sobre ela não é das melhores. Felizmente, a Sony melhorou muito. Além de mais bonita e ágil, a adaptação do Xperia S para o Gingerbread é muito boa e traz recursos que superam a versão nativa do sistema.
Assim como nos últimos modelos Sony Ericsson, como o Arc S, a Timescape UI traz cinco áreas de trabalho. Não é possível adicionar telas novas nem mesmo remover as existentes. Por outro lado, os quatro ícones inferiores (dois de cada um dos lados do botão principal) podem ser alterados conforme o desejo do usuário. Também é possível agrupar vários atalhos, formando uma categoria que é expandida como um menu pop-up.
No lugar de apresentar miniaturas das telas, como acontece com a Samsung e a LG, o movimento de pinça bagunça todos os widgets das telas iniciais. A animação é divertida e bastante funcional. Um clique no widget desejado e a tela correspondente é acionada.
Outro ponto forte da interface é a integração com o Facebook. Ao sincronizar sua conta, é possível configurar não só as notificações pelo widget e app do Timscape, mas também novas fotos para aparecer na Galeria, informações nos contatos e mensagens. As notificações também são exibidas na tela bloqueada, que agora também traz os controles do player de mídia.
Logo que sai da caixa o Xperia S pode deixar os fãs de áudio contemplados. Além de um player repaginado, com visual bem interessante e prático, o aparelho traz boas opções de equalização pré-definidas. O som, que tem boa qualidade, melhora consideravelmente com os ajustes.
Além da organização tradicional da biblioteca de música e a exibição das capas no estilo cover flow, o player traz integração com o serviço Sony Music Unlimited e a integração com o YouTube e Google para encontrar letras para as músicas e versões de karaokê.
O smartphone também traz opções distintas para o uso com fones de ouvido ou alto-falantes do aparelho. No segundo caso, a função xLOUD altera as configurações do aparelho para que o som tenha um desempenho interessante.
O Xperia S também sintoniza rádios FM com um app simples, mas que pode armazenar faixas, faz uma varredura automática para as estações e traz a opção forçar mono, para aquelas situações em que a transmissão não é das melhores. Há também um app para identificar uma música ambiente, o TrackID.
Durante os testes do INFOlab o aparelho não apresentou lentidão e não travou em nenhum momento. O que indica que o processador dual core de 1,5 GHz é suficiente para todas as tarefas desse smartphone. A GPU Adreno 220 também obteve um bom desempenho, atingindo 59,3 fps no benchmark Neocore. O Galaxy S III cravou 59,8 fps no mesmo teste, uma diferença pequena.
Conexão | 3G |
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SO | Android 2.3 |
Processador | Qualcomm Snapdragon MSM8260 1,5 GHz dual core |
Armazenamento | 32 GB |
Tela | 4,3 |
Câmeras | 12 MP e 1,3 MP |
Peso | 144 g |
Duração de bateria | 7h36min |
Prós | Ótima tela; câmera de 12 MP; design atraente |
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Contras | Sem microSD; não se conecta a redes HSPA+ |
Conclusão | Aparelho com ótimos recursos e boa relação entre custo e benefício |
Configuração | 8,8 |
Usabilidade | 8,7 |
Diversão | 8,8 |
Bateria | 7,7 |
Design | 8,5 |
Média | 8.6 |
Preço | R$ 1799 |