Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2013 às 11h18.
Avaliação de Airton Lopes / O crescimento do uso de tablets e smartphones mostra que a tão falada morte dos PCs parece ser mesmo inevitável, mas há também tentativas criativas para reinventar o micro de mesa. O Vaio Tap 20 é uma delas. Computador do tipo tudo-em um, ele tem uma tela de 20 polegadas sensível ao toque, apoiada em uma alça que ajusta a inclinação em ângulos entre 15 e 90 graus. Com a peça recolhida, ele se transforma em uma ótima mesa touchscreen. Como a tela aceita o toque simultâneo de dez dedos, no aplicativo de desenho Family Paint duas crianças conseguem rabiscar ao mesmo tempo com canetas e pincéis virtuais diferentes. Para os adultos, o maior atrativo é aproveitar a bateria embutida para se divertir com games levando o PC para outros locais da casa. Só é preciso disposição para carregar 5,1 quilos e ter em mente que a autonomia é limitada. Nos testes, a bateria aguentou 62 minutos de uso intenso. No papel de micro de mesa, esse Vaio tem a força de uma máquina média e não oferece recursos importantes, como drive de DVD e conexões de vídeo.
Avaliação de Cauã Taborda / Ninguém pode acusar o Vaio Tap 20 de não ser inovador. A proposta do produto é talvez única: ser um híbrido entre tablet e desktop. Por mais confusa e impensável que essa junção aparente ser, a Sony provou que isso é possível. Se de fato isso se reflete em praticidade é outra história.
A tela de 20 polegadas do Tap 20 é de tecnologia capacitiva e reconhece múltiplos toques. Na prática, isso significa que a experiência oferecida ao usuário é muito similar à de um smartphone ou tablet convencional. Como tablet, o uso do Tap 20 é impensável do ponto de vista da portabilidade, já que seu peso passa dos 5 quilos.
Para reforçar esse possível aspecto de portabilidade, o Tap 20 inclui uma bateria de 3.500 mAh, que em nossos testes resistiu por 1 hora e 27 minutos reproduzindo um vídeo em 720 e pouco mais de uma hora no Battery Eater. Ao propor um princípio de mobilidade e instalar uma bateria na máquina, a Sony foi forçada a recorrer a componentes de baixo consumo de energia. O processador, por exemplo, é típico de um ultrabook, assim como a memória RAM (DDR3L) e o chipset (HM76) em geral. Obviamente, não sobrou espaço no design para placa de vídeo dedicada.
De desktop mesmo, ele tem apenas o disco de 750 GB, o que já não é um valor extraordinário para os dias de hoje. Aliás, até o disco foi afetado pela decisão de incluir uma bateria: sua rotação foi limitada a 5.400 RPM, o que afeta atividades como o boot e a transferência de arquivos. De certa forma, a Sony não pode ser culpada pela escolha desses componentes, pois qualquer outro arranjo esgotaria a bateria rapidamente.
Outro reflexo dessa proposta é a tela. A resolução de 1.600 por 900 pixels é aceitável para um notebook, mas não para um desktop com tela de 20 polegadas. Além disso, os ângulos de visão são limitados para um tudo-em-um.
Tela | 20 |
---|---|
Processador | Intel Core i5-3317U 1,7 GHz |
RAM | 4 GB |
Armazenamento | HD de 750 GB |
GPU | onboard |
Conexões | Wi-Fi, Bluetooth |
SO | Windows 8 |
Duração de bateria | 1h02min de bateria |
Prós | Tela capacitiva; bateria removível; HD de 750 GB; |
---|---|
Contras | Tela não é full HD; não tem conexões de vídeo; apenas duas portas USB; não tem drive óptico; |
Conclusão | A proposta de ser um tablet gigante do Tap 20 pode ser interessante para showroom e certos tipos de escritório, mas sua configuração básica como estação de trabalho pode ser impeditiva. |
Configuração | 7,6 |
Vídeo e áudio | 7,7 |
Conectividade | 7 |
Design | 8,1 |
Média | 7.6 |
Preço | R$ 3.999 |