Tecnologia

Sony quer patente para perucas com câmeras e sensores

SmartWig poderia ajudar a andar por estradas, conferir a pressão sanguínea ou passar slides em uma apresentação

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 16h06.

Tóquio - A Sony Corp., que popularizou os reprodutores portáteis de música com o Walkman, está procurando registrar uma patente nos EUA para os itens postiços para os cabelos “SmartWig” que poderiam ajudar a andar por estradas, conferir a pressão sanguínea ou passar slides em uma apresentação.

O aplique se comunicaria sem fios com outro dispositivo e incluiria um sistema somatossensorial, disse a Sony no documento apresentado na Secretaria de Patentes e Marcas Registradas dos EUA. Dependendo do modelo, a peruca poderia incluir uma câmera, um apontador laser ou um sensor de GPS, disse a companhia.

O desenvolvimento da tecnologia usável como óculos, relógios e fones de ouvido está se expandindo enquanto os consumidores procuram novas formas de integrar computadores à vida cotidiana. A corrida para se estabelecer em um mercado que segundo estimativas da Juniper Research crescerá cerca de 14 vezes em cinco anos para US$ 19 bilhões está atraindo companhias como a Sony, a Google Inc. e a Samsung Electronics Co.

“É um objeto para fornecer um dispositivo melhorado de computação usável”, disse a Sony na solicitação de patenteamento. “Pelo menos um sensor, a unidade processadora e a interface de comunicação estão organizados na peruca e pelo menos parcialmente cobertos por ela, a fim de permanecerem ocultos à vista durante sua utilização”.

A peruca poderia ser feita de “pelo de cavalo, cabelo humano, lã, penas, pelo de iaque, pelo de búfalo ou qualquer tipo de material sintético”, disse a Sony.

Três protótipos

O dispositivo foi inventado por Hiroaki Tobita, que trabalha na Sony Computer Science Laboratories Inc., e a solicitação foi apresentada em 10 de maio. Saori Takahashi, porta-voz da Sony sediada em Tóquio, confirmou a apresentação do pedido.

“Não foi decidido se a tecnologia será comercializada ou não”, disse Takahashi em entrevista por telefone. “O processo de pesquisa ainda continua”.


Há três projetos, incluindo a Presentation Wig, que possui um ponteiro laser e pode mudar slides de PowerPoint virando o dispositivo à esquerda ou à direita. A Navigation Wig usa GPS e vibrações para orientar o usuário e a Sensing Wig colhe informações do interior do corpo, como a temperatura e a pressão sanguínea, disse Takahashi.

A companhia já tem dispositivos usáveis no mercado. Neste ano, a Sony apresentou seu SmartWatch 2, com uma segunda tela para os usuários do seu smartphone Xperia. O modelo anterior foi apresentado no ano passado como um sucessor um pouco menor do relógio LiveView da companhia.

Samsung, Google

A Sony tem estudado novos dispositivos usáveis e suas necessidades pelos clientes, disse o presidente Kazuo Hirai aos repórteres em outubro. A fabricante dos celulares Xperia disse que está considerando aplicar seus sensores de imagem a computadores usáveis e TVs controláveis por gestos da mão, pois espera que a receita gerada por smartphones chegue a seu pico por volta de 2015.

A companhia planeja procurar crescer no desenvolvimento dos chips, já usados em smartphones e câmeras digitais, para produtos como carros com piloto automático e equipamento médico, disse Yasuhiro Ueda, vice-presidente sênior da unidade de sensores de imagens da Sony, em uma entrevista realizada em setembro.

No mês passado, a Samsung, a maior companhia tecnológica da Ásia, registrou um design na Coreia do Sul para óculos que podem mostrar informações de um smartphone e permitir aos usuários fazer ligações. A companhia lançou o relógio inteligente Galaxy Gear em setembro.

Os Glass, da Google, são óculos com computadores usáveis com computadores que podem tirar fotos, gravar vídeos e compartilhar informações pela Internet. Poderiam estar disponíveis neste ano ou no próximo, segundo um blog da companhia.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas japonesasGadgetsIndústria eletroeletrônicaPatentesSony

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes