TV 4K HDR: o produto vem com o sistema Android (Marina Demartini/Site Exame)
Marina Demartini
Publicado em 22 de março de 2017 às 14h27.
Última atualização em 22 de março de 2017 às 17h17.
São Paulo – A Sony trouxe para o Brasil a maior TV – e, talvez, a mais luxuosa – que a fabricante já produziu. O produto da linha XBR-Z9D tem 100 polegadas, 1,72 metro de altura e 2,26 metros de largura. Ou seja, o modelo tem a área equivalente à de uma cama king size.
Não é apenas o tamanho da televisão que impressiona. Ela vem com o novo processador X1 Extreme da marca, que tem capacidade de processamento 40% maior do que o chip anterior. Com isso, é possível aliar diversas tecnologias que melhoram brilho, contraste e, consequentemente, nitidez de imagens.
Uma delas é a resolução 4K, que consiste basicamente na quantidade de pixels da tela (nesse caso, quatro vezes mais do que no padrão Full HD). Outra é o HDR, que já é bem conhecido pelos fãs de fotografia. A tecnologia combina imagens com exposições diferentes e é capaz de gerar um visual com qualidade superior. Isso é possível, pois áreas que antes eram muito escuras ou muito claras são balanceadas, permitindo mais detalhes na imagem.
Estúdios de cinema e até emissoras de televisão no Brasil já estão produzindo conteúdos com ambas as tecnologias. Porém, a maioria dos vídeos ainda são em Full HD. Eduardo Barbosa, analista de marketing de TVs da Sony, afirma em entrevista a EXAME.com que a falta de conteúdo 4K HDR não é um problema para o novo modelo da marca.
Barbosa conta que a TV de 100 polegadas usa de um recurso chamado de upscalling, que simula a imagem em uma resolução mais alta do que a original. Geralmente, essa ferramenta usa uma técnica similar ao zoom digital da fotografia: a interpolação. Com ela, os pixels que não são usados são espelhados naqueles que estão ativos, duplicando a imagem ampliada.
Por vezes, quando o upscalling é utilizado, a imagem final perde nitidez ou fica borrada. Segundo Barbosa, graças ao processador, isso não acontece com a televisão da Sony. “O chip trata a imagem antes e depois a recalibra para que não aconteçam distorções.”
De acordo com a marca, o que diferencia este modelo de 100 polegadas é a tecnologia Backlight Master Drive. Ela é constituída por um painel de brilho elevado que divide a tela em pequenas zonas para que todas as áreas da tela recebam pontos de luz. Com isso, o preto fica mais intenso e as luzes ficam mais claras.
Somado a isso, a televisão também conta com uma tecnologia que promete entregar uma gama de cores mais vivas e naturais. Outro recurso interessante é o chamado XDR PRO, que serve para garantir maior contraste e um maior controle do brilho da tela. “O XDR também evita o desperdício de energia ao não utilizar desnecessariamente um pixel”, diz o analista.
No quesito som, a TV também chama a atenção. Cada um dos dois autofalantes na parte traseira do aparelho tem 10 W de potência. Em nossas análises iniciais, o som se mostrou de qualidade e sem distorção, mesmo quando o dispositivo estava no último volume.
Como na versão de 75 polegadas da linha XBR-Z9D, o modelo maior também vem com o sistema Android TV. A plataforma já disponibiliza mais de 800 aplicativos para download, como os famigerados Netflix, YouTube e Spotify.
Com a Android TV, é possível fazer uma pesquisa na internet ou nos apps a partir de um comando de voz. Basta apertar o botão do microfone no controle e fazer uma solicitação.
A pré-venda da TV de 100 polegadas da linha XBR-Z9D terá início no dia 31 de março. A compra pode ser feita no site oficial da Sony.
O preço do produto -- para o seu tamanho, por ser importado (feito no Japão) e pela quantidade de tecnologias -- é menor do que o esperado: 349 mil reais. A Samsung lançou um televisor de 105 polegadas em 2014 por 500 mil reais, por exemplo.
No entanto, é claro que o novo aparelho da Sony não é para o público geral. De acordo com Marcelo Gonçalves, gerente de marketing e comunicação da Sony no Brasil, a TV é voltada para os clientes que já costumam comprar produtos de luxo da marca. “Sabemos que há um público para consumir esta tecnologia, por isso, trouxemos a televisão ao Brasil.”