Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 10h48.
Avaliação de Giovana Penatti / Quando a TV Bravia XBR-84X905 da Sony chegou ao INFOlab, veio acompanhada de uma CPU com conteúdo 4K. A redação da INFO a conheceu com excesso de cuidado (afinal, nem todos podem arcar com o custo do conserto de uma TV de 100 mil reais). Foi a primeira vez que vimos uma TV com essa resolução e um dos comentários mais repetidos sobre a imagem foi que era mais bonita que a vida real.
Mesmo quem tem a visão perfeita provavelmente acha isso ao assistir algum vídeo em 4K na TV da Sony. Essa resolução é quatro vezes maior que a Full HD, o que torna os pixels imperceptíveis. Assim, a impressão é de estar vendo uma cena da vida real através da televisão. Mas, como as cores são mais vivas, dá para dizer que a vida é mais bonita vista nessa TV.
Combinando com a qualidade de imagem excepcional, o som produzido pelos alto-falantes dispensa um home theater. São 10 no total, que produzem 50 W de potência sonora em 5.1 canais. As caixas ficam em torres presas às laterais da TV, com dois woofers, um tweeter e dois subwoofers cada uma.
A posição ideal indicada para assistir a TV sem perceber os pixels é a 1,60 metro de distância, mas até mais próximo disso é bem difícil de discerni-los. O que mais incomoda de ficar tão perto é o calor que emana da tela. Como se poderia imaginar, a XBR-84X905 tem um consumo de energia alto, ficando na média de 350 W/h com picos de até 389 W/h.
Ainda há pouco conteúdo em 4K disponível - tanto que, no INFOlab, recebemos alguns vídeos de amostra. Mas ela tem o processador 4K X-Reality PRO, que faz o upscaling e permite, pelo menos, que os vídeos de Blu-ray e TV aberta (1080p e 720p) preencham toda a tela. Testamos vários tipos de mídia disponíveis para ver qual seria o resultado:
QHD: ótima qualidade na reprodução, superior que filmes em Blu-ray e vídeos em Full HD pela USB.
Blu-ray: a imagem variou conforme mudamos os CDs mas, no geral, dá para ver claramente a perda de definição em cenas movimentadas. TVs Full HD rodam o mesmo filme bem melhor que a 4K da Sony, apesar do upscaling. Com uma distância maior (cerca de 3 metros), foi agradável de visualizar.
Blu-ray 3D: o efeito tridimensional é beneficiado pelas 84 polegadas, mas a falta de definição nos contornos atrapalha o realismo. A qualidade da imagem é a mesma que no Blu-ray normal, mas com mais brilho.
1080p pela USB: no geral, há poucas alterações. Mas o aspecto varia de acordo com a codificação de cada arquivo.
TV digital: imagem surpreendentemente boa, melhor que de Blu-ray. O upscaling de 720p para 4K é muito bem feito. A impressão é de se assistir em uma TV Full HD.
O 3D é bem reproduzido na TV, como é de esperar em uma tela desse tamanho; nenhuma surpresa aí. Um recurso legal é o SimulView, para jogar em dupla: cada um dos jogadores enxerga a tela cheia, em Full HD, com seu personagem. Os óculos para o SimulView são vendidos separadamente; dois 3D que acompanham a televisão, o que parece um tanto injusto pelo preço dela.
http://videos.abril.com.br/info/id/4fbee8097b4f546b4ecafb0a5fbd43c1
Tela | 84 |
---|---|
Resolução | 4K (ultra HD) |
Tecnologia | LCD com LED |
3D | passivo, vem com 2 óculos |
Entradas | 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub |
Conexões | 2 USB, Ethernet, Wi-Fi |
Prós | Qualidade de imagem incrível; upscaling integrado |
---|---|
Contras | Preço abusivo |
Conclusão | A TV é mais um sonho de consumo que um equipamento para ter em casa |
Média | 9.3 |
Preço | R$ 100.000 |