Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2012 às 09h25.
Avaliação de Cauã Taborda / Com recursos robustos e bastante ergonomia, a Sony Alpha 57 é a melhor DSLR na faixa de 3 mil reais testada pelo INFOlab. Com um sensor ASP-C de 16,1 megapixels, ela trabalha muito bem com o formato RAW, inclusive em valores mais altos de ISO. Seu principal destaque, no entanto, é a velocidade. A taxa de 11 quadros por segundo supera a maioria das concorrentes, como a Nikon D3100 e a NX 11, da Fuji.
Parte dessa velocidade se deve ao espelho translúcido. As DSLRs tradicionais utilizam um espelho para direcionar a imagem para o visor. Quando a imagem vai ser registrada, o espelho levanta e permite a passagem de luz para o sensor. No caso da A57 (e também da A77), o espelho nunca é recolhido. A luz passa diretamente por ele. O processo agiliza o registro de imagem e sistema de autofoco. Por outro lado, parte da luminosidade se perde (cerca de 30%). Em nossos testes, no entanto, não encontramos nenhuma situação em que essa perda de luminosidade influenciasse de forma negativa o resultado das fotos e vídeos. Outro ponto crucial para a velocidade da A57 é seu buffer imenso aliado a um bom processamento de imagem. A câmera registrou 74 fotos até começar a perder velocidade.
As fotos produzidas na velocidade máxima devem seguir uma série de determinações fixas quando o usuário seleciona o modo de Prioridade de Auto Exposição Contínuo (representado por T12 na roda de exposição). As fotos podem ter, no máximo, 8,4 MP e a abertura é limitada a valores menores que f3,5 (exceto quando o usuário escolhe o foco manual). A questão da abertura se explica pelo fato de que mais luz precisa passar pela lente para efetivamente sensibilizar o sistema de AF. Aliás, as restrições de abertura afetam diretamente os usos prováveis da câmera. Como ela sempre procura a maior abertura possível no modo de disparo contínuo, cenas que exigem a captura de mais de um objeto em vários planos se tornam impossíveis em alguns casos específicos.
A qualidade das imagens produzidas é excelente. Com valores de ISO que variam do 100 ao 16.000, o ruído se torna aparente à partir do 1.600. Mesmo assim, até o valor 6.400 a perda de detalhe é aceitável. Isso faz da A57 uma câmera bastante sensível e ideal para fotos com condições menos favoráveis de luz.
Todos os modos de exposição são explicados por um texto introdutório e os menus são claros e simples. Iniciantes podem se sentir a vontade com os dois modos Auto, que tiveram um ótimo desempenho em nossos testes. O balanço de branco automático identificou a melhor situação em todos os disparos, mantendo as cores bem balanceadas e fiéis. Em poucos casos ouve saturação, mas nada que comprometeu a qualidade. O maior ponto fraco é a escassez de botões físicos de atalho, o que pode frustrar fotógrafos mais experientes. A maioria dos controles se concentra no lado direito, o que torna a operação bem ágil.
Na gravação de vídeo a A57 também mostra muita força. Com gravação de vídeo em 1.080p até 60 quadros por segundo, ela faz ótimos vídeos, com boas opções de controle e sem a limitação tradicional de 20 minutos de filmagem, comum em outras DSLRs.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=m85uTRNbAhA&w=650&h=366%5D
http://videos.abril.com.br/info/id/dc5c2323c51cb4621112359a31ae2a65
Pixels efetivos | 16,1 MP |
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Zoom óptico | 3x (27 a 82,5 mm) |
Filmagem | 1.080p |
LCD | 3 |
Peso | 841g |
Prós | Uma das câmeras mais velozes testadas pelo INFOlab, tanto na operação dos controles quanto ao disparar fotos. |
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Contras | Qualidade do visor eletrônico é precária, por isso, serve somente como quebra-galho para enquadramento. |
Conclusão | A melhor DSLR na faixa de 3 mil reais testada pelo INFOlab. |
Imagem | 8,5 |
Velocidade | 8,3 |
Objetiva | 7,6 |
Visor | 7,8 |
Recursos | 8,3 |
Design | 7,9 |
Média | 8.1 |
Preço | R$ 2999 |