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Soluções de segurança para smartphones ganham popularidade, mostra pesquisa

Estudo da McAfee aponta que quase dois terços dos smartphones e tablets no mundo têm alguma solução do tipo instalada; no Brasil, a porcentagem é ainda maior

smartphones (Getty Images)

smartphones (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 16h26.

Presentes na forma de uma boa variedade de aplicativos, as soluções de segurança caíram nas graças dos donos de dispositivos móveis – mesmo com o Google dizendo que elas não são exatamente necessárias. É isso que mostra uma pesquisa divulgada pela McAfee, feita com 4.900 usuários dos aparelhos: segundo ela, cerca de dois terços dos smartphones e tablets têm algum programa do tipo instalado, quase sempre adquirido junto do gadget.

O estudo envolveu entrevistados de Brasil, México, EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Rússia, China, Índia e Turquia, e mostrou ainda que o preço é o principal fator observado pelos clientes na hora de instalar um app de proteção – 23,5% dos participantes colocam esse fator no topo da lista. Os únicos que fogem dessa regra são os mexicanos, os turcos e os brasileiros: os donos de aparelhos daqui colocam a presença de um sistema de antivírus como o ponto mais importante de uma suíte de segurança, mesmo que para dispositivos móveis.

Vice-presidente de gerenciamento de produtos para consumidor da McAfee, empresa autora da pesquisa, Alan Lefort atribuiu essa variação de pensamento às diferenças econômicas do próprio Brasil. Em entrevista a INFO, o executivo disse que “o Brasil é uma economia vibrante, onde há muita criatividade e espaço para ameaças”. “E o resultado é a necessidade de ser cada vez mais vigilante”, afirmou. Tanto que sistemas de proteção de privacidade e financeira, além de um recurso anti-furto, são outros três pontos que os usuários daqui destacam como importantes.

Essa atenção exigida se reflete também no número de aparelhos nacionais que têm alguma solução de segurança instalada. Ao todo, apenas 30% dos aparelhos daqui não trazem algum app do gênero, 5% a menos que no geral. Do resto, 42% dos usuários os instalam em smartphones, 11% nos tablets e 17% em ambos – e quase metade dos que adquiriam alguma solução (46%) afirmaram ter pagado por ela. Situação parecida é vista apenas na Rússia, na China e na Índia, sendo o primeiro também reconhecido pela criatividade de seus cibercriminosos.

Outro dado interessante do estudo divulgado pela McAfee é o valor que os donos dos aparelhos dão a diferentes conteúdos armazenados neles. “Contatos” e “fotos e vídeos” são os considerados mais valiosos pelos usuários, tanto no mundo (62% e 59%) quanto no Brasil (58% e 59%, respectivamente). No caso daqui, aliás, há grande cuidado também com mensagens de texto: 56% dos brasileiros as consideram conteúdo valioso.

Mesmo assim, o acesso a informações financeiras em caso de roubo de senhas é o que mais aflige os donos de smartphones daqui. Ao todo, 36% dos entrevistados locais colocam essa possibilidade no topo das “Preocupações específicas com o dispositivo”.

Esse fator vem seguido do acesso a informações pessoais por terceiros sem consentimento (31%) e o roubo de dados ao efetuar uma compra (30%). Dois desses pontos, aliás, se devem a algumas particularidades daqui: “O uso de um smartphone para transações é mais alto no Brasil do que em qualquer lugar na América Latina”, apontou Lefort. “E isso indica que são maiores as possibilidade de os aparelhos guardarem dados de cartões de crédito ou de os SMS carregarem algo de valor.”

Biometria e aprimoramento na segurança – O executivo da McAfee não falou apenas dos dados da pesquisa, no entanto, e a entrevista também girou em torno dos planos da companhia em relação ao futuro. Segundo disse, além de destinar algumas “centenas de engenheiros” a área de mobile, a empresa tem como foco a biometria.

A ideia é acabar com as senhas, que pelo menos para Lefort, são muito suscetíveis a um “elo fraco”: como usuários costumam trabalhar com os mesmos logins e combinações em diferentes serviços, uma quebra de segurança em um site mais desprotegido pode colocar tudo a perder.

“Nossa visão é que conseguiremos fazer com que os usuários criem senhas impossíveis de quebrar e de esquecer, para que eles nunca tenham que escrevê-las em lugar algum”, disse. O primeiro resultado já apareceu em um software de nuvem, que usa reconhecimento facial e de voz para desbloquear os arquivos. Mas as soluções ainda devem melhorar, com aprimoramento desses sistemas e até recursos baseados em localização – senhas desativadas em casa e “ligadas” apenas quando se está na rua, por exemplo.

Os programas, aliás, deverão ser todos multiplataforma, como destacou Lefort. Ou seja, nada de ferramentas para reconhecimento de impressões digitais, como as presentes no iPhone 5s e no Galaxy S5 – a empresa usará recursos biométricos que smartphones, tablets e computadores têm em comum, como câmeras e microfone. O executivo não deu datas exatas para lançamentos de novos produtos, no entanto. Mas garantiu que “coisas grandes virão da McAfee em 2015”.

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