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Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2013 às 15h50.
São Paulo - Enquanto as imagens de câmeras de segurança forneceram imagens importantes sobre os dois suspeitos de planejar o atentado a bombas na maratona de Boston, o uso do software de reconhecimento facial por parte da polícia acabou sendo ineficaz em revelar as identidades dos criminosos.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, o comissário de polícia de Boston, Edward Davis, afirmou que apesar da existência de informações dos acusados em bancos de dados oficiais do governo, o software utilizado para reconhecimento facial não conseguiu identificar seus nomes.
Após diversos peritos passarem dias combinando milhares de vídeos e imagens para construir uma linha do tempo para o atentado, o uso do software de reconhecimento facial não agregou nenhum detalhe para a investigação.
Segundo o jornal, o trabalho foi meticuloso e exaustivo e cada agente chegava a analisar o mesmo fragmento de vídeo cerca de 400 vezes.
As autoridades decidiram então publicar as imagens dos suspeitos três dias depois de ocorrido o atentado. Por fim, a tradicional cooperação com informações dos cidadãos é que ajudou a identificar os suspeitos, no que se tornou a primeira caçada colaborativa nas redes sociais.
Usuários dos fóruns da internet 4Chan e Reddit se uniram para conduzir uma investigação paralela ao FBI em busca dos suspeitos. As fotos também eram compartilhadas pelo Flickr e exibidas em vários Tumblrs.
Apesar da promessa em auxiliar no combate ao crime, os departamentos de polícia dos Estados Unidos vêm relutando para abraçar totalmente o uso do software de reconhecimento facial. Mas o FBI vem desenvolvendo um sistema, que deve ser lançado em 2014, que deverá ajudar no reconhecimento de criminosos.
A tragédia de Boston aconteceu ao final da tradicional maratona da cidade na última segunda-feira (15). Os autores do atentado utilizaram bombas de fabricação caseira, panelas de pressão com pregos e estilhaços em seu interior que deixaram mais de 170 feridos, várias pessoas amputadas, além dos três mortos.