snowden (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Washington - O ex-analista de Inteligência americano Edward Snowden enviou pedido de asilo a 21 países, entre eles Brasil, Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, China, Rússia, Alemanha e França, revelou nesta segunda-feira o site Wikileaks.
Além dos pedidos anteriores a Equador e Islândia, Wikileaks informou que a assessora legal para o caso Sarah Harrison entregou pessoalmente os pedidos de asilo em favor do ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA), que revelou o esquema do governo do presidente Barack Obama para 'grampear' telefonemas e e-mails em todo o mundo.
"Os pedidos (de asilo) foram entregues a um funcionário russo no Aeroporto Sheremetievo de Moscou", onde Snowden se encontra bloqueado, segundo o site Wikileaks.
"Os documentos, que destacam o risco de perseguição que Snowden enfrenta nos Estados Unidos, já começaram a ser entregues pelo consulado russo às embaixadas envolvidas, em Moscou", destaca o site.
O asilo foi solicitado a Brasil, Alemanha, Áustria, Bolívia, China, Cuba, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Índia, Itália, Irlanda, Nicarágua, Noruega, Polônia, Rússia, Suíça e Venezuela, revelou Wikileaks.
Snowden acusou nesta segunda-feira o presidente Obama de "pressionar os dirigentes" de vários países para obter sua extradição.
"Na quinta-feira, o presidente Obama declarou ao mundo que não permitiria qualquer 'tramoia ou negociata' diplomática a meu respeito. Entretanto, após prometer não agir desta maneira, o presidente determinou a seu vice (Joe Biden) que pressionasse os dirigentes dos países aos quais pedi asilo político para que negassem a demanda".
Joe Biden tratou da situação de Snowden com o presidente do Equador, Rafael Correa, durante este final de semana. Correa revelou à AFP nesta segunda-feira que Biden pediu a ele para rejeitar o pedido de asilo político realizado pelo ex-analista da NSA.
As últimas revelações de Snowden, 30 anos, indicam que os Estados Unidos "grampearam" embaixadas de países aliados, incluindo a representação da União Europeia (UE) em Washington.
Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, o ex-consultor poderá permanecer na Rússia se deixar de divulgar informações prejudiciais aos Estados Unidos.