Tecnologia

Skype comemora 10 anos em um mercado em constante mudança

O programa já tem mais de 300 milhões de usuários ativos e conversas que durariam 2,6 bilhões de anos


	Aplicativo Skype: para o diretor de desenvolvimento do Skype para a América Latina, Alejandro Arnaiz, o sucesso do Skype está no fato de ser pioneiro nas videochamadas em grande escala, na evolução para a alta definição 
 (Divulgação)

Aplicativo Skype: para o diretor de desenvolvimento do Skype para a América Latina, Alejandro Arnaiz, o sucesso do Skype está no fato de ser pioneiro nas videochamadas em grande escala, na evolução para a alta definição  (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 16h05.

Madri - O Skype, que celebra nesta quinta-feira seu aniversário de dez anos, já tem mais de 300 milhões de usuários ativos e conversas que durariam 2,6 bilhões de anos, em uma década na qual se adaptou muito bem às mudanças radicais na comunicação e na  .

Em abril de 2003, aconteceu a primeira chamada por Skype de um computador na Estônia, mas só em 29 de agosto foi lançada a primeira versão beta do serviço de voz por IP.

Em dez anos, a audiência do aplicativo multiplicou. Enquanto programas e sites que eram líderes morreram, o Skype soube se adaptar às novas necessidades dos usuários de comunicação.

O programa conseguiu sobreviver às mudanças bruscas da indústria que impuseram novas formas de relação pessoal. Poucas são as companhias que podem dizer o mesmo.

"Acho que há dez anos ninguém era capaz de imaginar como o mercado evoluiria, nem nós", explicou em entrevista à Agência Efe o diretor de desenvolvimento do Skype para a América Latina, Alejandro Arnaiz.

Para o diretor, o sucesso do Skype está no fato de ser pioneiro nas videochamadas em grande escala, na evolução para a alta definição e porque tenta estar sempre presente nos diferentes dispositivos e plataformas, desde o computador, smartphones, tablets até na televisão.

Em dias de pico, cerca de 50 milhões de usuários chegam a usar o serviço simultaneamente.

A decisão de estar presente em dispositivos móveis foi uma das chaves para sua sobrevivência. O Skype é um dos aplicativos mais baixados em smatphones e tablets e a cada mês, 50% dos novos usuários do serviço são móveis. O aplicativo tem um crescimento exponencial invejável, dobra de número de usuários a cada ano.

A história do Skype, fundada por Niklas Zennström e Janus Friis na Estônia, está repleta de parceiros.


Em 2005, o Ebay comprou o Skype por US$ 2,6 bilhões. Quatro anos depois, 70% da companhia passou para as mãos de investidores privados e, em maio de 2011, a Microsoft anunciou que adquiria a empresa por US$ 8,5 bilhões, a fim de se reposicionar nas comunicações on line, área que estava perdendo a liderança com a decadência do MSN Messenger.

Sua integração, como uma divisão de negócio na Microsoft, integrou o programa ao Windows 8, o Windows Phone 8, o Outlook e migrou o Messenger para o Skype. E Arnaiz diz que ainda haverá mais processos de integração.

Com o auge das comunicações móveis, como empresas como Google, Apple, Viber e Whatsapp se posicionado como concorrentes reais, o Skype precisa se reinventar.

Arnaiz afirmou que a companhia precisa continuar buscando "novas maneiras de permitir que as pessoas estejam em contato". Existe uma linha de pesquisa do Skype que testa videochamadas em 3D.

O vice-presidente corporativo da Microsoft para o Skype, Mark Gillett, explicou em entrevista à "BBC" que, apesar dos testes, ainda falta muito tempo para uma tecnologia com essa complexidade poder ser implantada.

Embora nesta última década o Skype tenha conseguido se manter firme em um ambiente de transformações constantes e cada vez mais aceleradas, nem todo o caminho foi tranquilo.

Há pouco tempo, o programa viu seu nome envolvido no meio do escândalo de espionagem ventilado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden: segundo dados vazados por ele, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos tinha acesso à informações hospedadas em seus servidores.

Mesmo com esse escândalo, Arnaiz diz que o Skype não se arrepende de nada do que fez em seus dez anos de história. EFE

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