Tecnologia

Site devolve parte do valor gasto em compras online

No Brasil ainda são poucas as empresas que oferecem essa garantia — cerca de quatro serviços.

retorna (Reprodução)

retorna (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 11h52.

O mercado de comércio eletrônico no Brasil ultrapassa suas metas de crescimento a cada ano. Uma previsão da E-bit para este ano estima que o número de consumidores virtuais únicos chegará a 60 milhões — ante os atuais 51 milhões.

E na onda deste crescimento vertiginoso no país estão as plataformas de cashback. Neste tipo de serviço, o usuário não faz nenhuma compra direto no site da empresa e sim é redirecionado para a loja de e-commerce que preferir, e por lá realiza o pagamento. Por levar o cliente à loja, as empresas de cashback recebem uma comissão. E parte dessa comissão é retornada ao consumidor. 

No entanto, no Brasil esse mercado ainda causa desconfiança entre os consumidores, muito em parte por serem clientes recém-chegados ao universo do comércio eletrônico e mais preocupados em comparar preços. 

No Brasil ainda são poucas as empresas que oferecem essa garantia — cerca de quatro serviços —, mas a mais recente delas vem conseguindo alcançar bons resultados.

Lançado há um mês, o portal Retorna oferece uma lista de sites parceiros onde o consumidor pode efetuar uma compra e receber de 2% a 11% do valor de volta. Para utilizar o serviço, basta realizar um cadastro simples com nome e e-mail ou pelo perfil do Facebook. 

“A base dos sites de cashbacks são as redes de lojas afiliadas, e no mercado americano essa forma de parceria já representa 27% de todas as compras online. Queremos apresentar e reforçar essa cultura por aqui também”, afirma o publicitário Luiz Augusto Barros, fundador do Retorna, em entrevista a INFO.

Segundo Barros, o início das operações do Retorna trouxe um grande volume de interessados no serviço, alcançando uma média de uma pessoa cadastrada por minuto apenas no primeiro dia. 

“Temos acompanhado que as pessoas ainda demoram até dois dias para finalizar uma compra, ainda testam a ferramenta e muita gente entra em contato para tirar dúvidas. Mas as pessoas começaram a comprar mais rápido do que imaginávamos quando iniciamos e isso nos ajudou a melhorar o serviço com mais rapidez também”, disse Barros. 

O Retorna começou com 50 lojas de e-commerce parceiras e hoje conta com 107 lojas ativas. O número deve aumentar, mas as atualizações e aprovações são rigorosas. 

“Só tiramos uma loja em definitivo de nossa lista. Queríamos que fosse maior, mas como precisamos testar, ver o que faz e como funciona, esse ritmo de aprovação é mais cauteloso. Mas ainda há muitas lojas esperando nossa aprovação e acredito que possamos chegar ao patamar de uma loja por dia ou 20 por mês para ser o ideal”, afirma Barros. 

Para o empreendedor, este formato de fornecer um percentual da compra de volta ainda vai crescer muito no país e deve ser um dos setores do comércio eletrônico de destaque neste ano com a chegada de novos players. “Empresas estrangeiras devem investir pesado nesse setor e alavancar a presença do cashback no país”, disse. 

Barros não revela a base de clientes do Retorna, mas a meta da empresa é chegar a 150 mil usuários por mês. “Posso dizer que já passamos de 100 mil reais em vendas por mês”, afirmou. 

O próximo passo da empresa será iniciar uma forte oferta de promoções e ações comerciais para esses clientes. Atualmente o Retorna já conta com um plugin para o navegador Chrome que ajuda a informar quando há um cashback para receber em determinado site. Na próxima semana o recurso chegará ao Firefox e dentro de 20 dias para o Internet Explorer. 

“Para os consumidores que não querem informar os dados da conta bancária para receber a porcentagem relativa às compras estamos trabalhando para oferecer outras opções como receber em vale-compras ou resgate de descontos. O restante agora é arrumar a casa para continuar atendendo os usuários”, afirmou Barros.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de Brasile-commerceINFOInternetmeios-de-pagamento

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble