Alto-falantes de assistentes pessoais (Chloe Collyer/Bloomberg)
O poder de mercado dos assistentes pessoais de Amazon, Apple e Google tem preocupado reguladores europeus, que veem chance de haver práticas que violam leis de defesa da concorrência.
A Comissão Europeia divulgou a avaliação na semana passada, depois de uma análise de um ano sobre o mercado de assistentes digitais e outros dispositivos conectados. Mais de 200 empresas responderam a questionamentos da comissão.
Investigações similares realizadas anteriormente sobre setores como comércio eletrônico, medicamentos e serviços financeiros levaram a casos contra as empresas investigadas e a multas pesadas.
Os assistentes pessoais Alexa, Siri e Google Assistant são os mais populares na Europa. O mercado global deve dobrar para 8,4 bilhões de aparelhos entre 2020 e 2024, segundo a Statista.
"Vimos indicações de que algumas práticas que conhecemos muito bem podem levar ao surgimento de 'gatekeepers'", disse a comissária europeia de defesa da competição, Margrethe Vestager, a jornalistas.
"E pelos resultados preliminares publicados hoje, parece que nossas preocupações são compartilhadas por muitos", disse ela.
A agência de defesa da competição da UE citou que os participantes da pesquisa mencionaram preocupações sobre certa exclusividade e práticas vinculantes relacionadas aos aparelhos que incluem impossibilidade de instalação de um segundo assistente pessoal em um dispositivo.
Uma segunda preocupação é sobre fornecedores de assistentes pessoais promovendo seus próprios serviços ou os de terceiros por meio de configurações pré-ajustadas, o que restringe o acesso de rivais aos consumidores.
Uma terceira preocupação é a falta de interoperabilidade entre os aparelhos.
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