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Siemens e Mitsubishi elevam oferta por Alstom

Presidente da França, François Hollande, que disse que vai vetar qualquer acordo que não proteger os empregos franceses

Alstom (Getty Images)

Alstom (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 05h17.

A Siemens e a Mitsubishi Heavy Industries (MHI) elevaram sua oferta conjunta para o braço de energia da Alstom nesta sexta-feira, desafiando a renovada oferta da General Electric conforme o prazo para a decisão se aproxima.

O governo do presidente da França, François Hollande, que disse que vai vetar qualquer acordo que não proteger os empregos franceses e o controle sobre atividades estratégicas, ainda tem que se pronunciar sobre os acordos antes da decisiva reunião do Conselho da Alstom, marcada para segunda-feira no mais tardar.

O líder francês deve consultar nesta sexta-feira seus principais ministros antes de realizar nova rodada de discussões com representantes da GE e Siemens-MHI, que poderá selar o destino do combalido grupo de engenharia de 86 anos de idade, no centro de uma das mais ferozes batalhas industriais da Europa em anos.

Respondendo a uma nova oferta da GE na quinta-feira feita com o objetivo de apaziguar as preocupações políticas francesas, Siemens e MHI simplificaram a estrutura da sua oferta e elevaram sua componente em dinheiro em 1,2 bilhão de euros (1,64 bilhão de dólares), para 8,2 bilhões de euros.

Isso avalia as empresas de energia da Alstom em 14,6 bilhões de euros, disse a Siemens, 400 milhões a mais que na oferta anterior e ainda bem acima dos 12,4 bilhões de euros da GE.

"Essa proposta é superior industrialmente, financeiramente e socialmente", informou a Siemens, reafirmando compromissos para criar novos postos de trabalho na França, compromisso que o conglomerado norte-americano também assumiu.

A nova proposta da Siemens-MHI ainda prevê a compra do braço de turbina a gás da Alstom pela Siemens. Mas a MHI está se oferecendo agora para comprar participação de 40 cento no negócio combinado hídrico, de vapor e de redes, empacotando-os em uma única companhia em vez de três joint ventures, um plano que fontes da Alstom tinham dito ser demasiado pesado.

O grupo francês reafirmou que seu Conselho irá se reunir até segunda-feira para analisar as ofertas e que não planejava fazer mais nenhuma declaração nesse meio tempo.

Na quinta-feira, a GE apresentou uma oferta atualizada para comprar a unidade de energia e redes do grupo da Alstom, que irá incluir duas joint ventures em redes e energia renovável e uma aliança global nuclear.

(Por Mark John e Maria Sheahan)

 

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