Neuro Body Game é uma interface wireless para a interação do cérebro com dois jogos embarcados no sistema do computador (.)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 12h12.
São Paulo – A Microsoft lançou, com o Kinect, o sonho de usar computadores sem precisar de controles. A pesquisadora Rachel Zuanon, professora de mestrado em design na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, foi ainda mais longe e criou um computador vestível.
Em parceria com Geraldo Lima, Rachel criou um computador que permite ao usuário jogar com seus sinais cerebrais. O computador para vestir surgiu durante o mestrado de Rachel e ganhou o nome de Bio Body Game. Depois, recebeu uma atualização e agora atende por Neuro Body Game.
Mais especificamente, o Neuro Body Game é uma interface wireless para a interação do cérebro com dois jogos embarcados no sistema do computador. São eles: NeuroBodyGame Dragon, dedicado a usuários menos experientes; e o NeuroBodyGame Car, com uma jogabilidade complexa. Os jogos e o computador reagem à atividade cerebral do usuário no momento da interação.
Quando a usuário joga, luzes acendem e mudam de cor no computador, que tem a forma de um colete. As luzes são azuis no nível fácil. Conforme o ritmo se intensifica, mudam para verde, amarelo ou vermelho. Nos dois últimos níveis, o computador vibra nas costas do jogador, sinalizando um estresse alto.
A leitura da emoção do usuário é feita a partir de sensores. A interface biométrica tem sensores de condução termoelétrica, que capta a eletricidade na pele. O sistema também analisa a frequência cardíaca, a resposta emocional, a respiração, entre outros parâmetros neurofisiológicos que são usados durante a atividade do usuário.
Há uma complexidade na integração entre o sistema nervoso e os jogos. “O nível de controle do usuário não se dá apenas para levantar e descer uma bolinha. É muito mais complexo porque, a partir dos sinais neurofisiológicos e cerebrais, o jogador pode mudar o cenário, disparar uma arma do jogo e mudar o personagem, por exemplo”, afirma Rachel em entrevista a INFO.