Mulher ao telefone: com o uso de documentos falsos ou roubados, os golpistas compram linhas de celulares para obter endereço e comprovar residência, por meio de correspondência. (Dreamstime.com)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2013 às 14h03.
São Paulo – De janeiro a março deste ano, a cada 15 segundos, um consumidor brasileiro foi vítima de tentativa de fraude com documentos ou dados pessoais roubados por criminosos, que recorrem a essa estratégia para conseguir crédito sem ter de pagar pelo dinheiro obtido ou para tirar vantagem em um negócio sob falsa identidade.
Levantamento feito pela Serasa Experian identificou 507.546 ações do gênero, número 5,14% maior que o registrado em igual período de 2012, quando houve 482.756 tentativas de fraudes. A maioria das tentativas no primeiro trimestre deste ano, ou 39%, ocorreu no setor de telefonia, com 195.894 casos.
Com o uso de documentos falsos ou roubados, os golpistas compram linhas de celulares para obter endereço e comprovar residência, por meio de correspondência. Dessa forma, o criminoso pode abrir contas em bancos e conseguir talões de cheques, cartões de crédito e até efetuar empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
A pesquisa mostra que houve uma mudança no comportamento dos criminosos. No primeiro trimestre do ano passado, o principal alvo dos ataques eram vítimas lesadas pelo setor de serviços, que passou para o segundo lugar representando 30% das ações ou 154.005 casos. Na mira estão negócios com seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços como pacotes turísticos, salões de beleza entre outros.
Já o setor de bancos e financeiras ocupa a terceira posição com 106.514 tentativas de fraudes, o equivalente a 21% do total e, em seguida, aparece no ranking o varejo com 2% do total, ou 8.540 casos. Nesta última ação é comum a compra de aparelhos eletrônicos (TV, aparelho de som etc.) deixando a conta para a vítima.
De acordo com a Serasa Experian, as maiores vítimas são consumidores que tiveram documentos roubados. Os criminosos também se aproveitam da falta de cuidado de usuários da internet, que registram dados pessoais sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Diante disso, a empresa recomenda que ao ser roubado, perder ou ter um documento extraviado o consumidor cadastre a ocorrência, gratuitamente, na base de dados da Serasa Experian.