uber
Rafael Kato
Publicado em 15 de agosto de 2014 às 10h02.
O app de caronas pagas Uber foi proibido esta semana de operar em Berlim, pois, segundo a Secretaria de Estado de Questões Civis e Regulatórias (Labo, na sigla em alemão), o serviço desrespeita as normas de transporte, coloca em risco os passageiros, além de prejudicar taxistas.
O órgão de administração ainda estipulou um multa de 25 mil euros para cada vez que o serviço for flagrado funcionando na cidade. Porém, segundo relato do site TechCrunch, usuários do app continuam a dirigir pela capital alemã oferecendo caronas.
A Secretaria, como a autoridade de supervisão competente, não pode tolerar o transporte de passageiros por condutores não aprovados e em veículos não licenciados, os quais estão sujeitos, atualmente, a uma declaração de exoneração de seguro em caso de danos. Além disso, esta medida também serve para proteger o condutor, uma vez que o seguro de responsabilidade civil sobre o automóvel não cobre o risco de transporte de passageiros, afirmou a Labo em comunicado.
Fabien Nestmann, presidente do Uber na Alemanha, escreveu um post em que avisa que a empresa irá recorrer da decisão. A medida das autoridades é tudo menos algo progressista. Uber dá aos consumidores uma opção. Como um novo player no mercado, o Uber traz uma competição que não exista em anos. E a competição é saudável, pois melhora a qualidade dos serviços oferecidos para os consumidores.
Atualmente, o Uber enfrenta batalhas legais em diferentes cidades da Europa, como Londres, Madrid, Frankfurt e Hamburgo. Em todos esses lugares, a associação de taxistas faz pressão pela proibição do app. Segundo essas entidades de classe, o serviço não recolhe impostos e ainda coloca em risco a vida dos passageiros.
O Uber está presente em 163 cidades pelo mundo. O valor de Mercado da empresa já é de 18.2 bilhões de dólares. No Brasil, onde começou a operar rem junho, o app também enfrenta brigas com taxistas e órgão municipais. Em entrevista recente, o diretor de comunicação do Uber, Lane Kasselman, afirmou: "Não somos donos de uma frota de carros ou empregamos motoristas. Somos uma plataforma de tecnologia que conecta motoristas a passageiros. O governo aceita motoristas particulares há anos no Brasil".