ubuntuone (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2014 às 08h39.
A Canonical anunciou, nesta quarta-feira, que encerrará as atividades de seu Ubuntu One em junho deste ano. O serviço de armazenamento na nuvem continuará funcionando até o dia 1º do mês, mas usuários ainda poderão acessar todos os arquivos por mais dois meses ou seja, até 31 de julho para fazer o backup.
Um dos motivos, segundo o comunicado da empresa, é a impossibilidade de se manter uma boa ferramenta gratuita do gênero em um mercado tão concorrido, onde outros já oferecem 25 a 50 GB de espaço de graça. Se oferecemos um serviço, queremos que ele concorra em escala global, escreveu Jane Silber, CEO da companhia. E para que o Ubuntu One continuasse a fazer isso, seriam precisos mais investimentos do que nós desejávamos fazer.
As vendas de assinaturas de planos maiores já foram tiradas do ar, e quem está com plano anual ativo será reembolsado. De acordo com Silber, o valor ressarcido será calculado a partir desta quarta-feira, mesmo o serviço saindo do ar apenas em dois meses. O Ubuntu One já não estará presente na versão 14.04 LTS do sistema operacional, e as edições para Windows, OS X, Android e iOS serão devidamente atualizadas ou encerradas após o prazo da notícia.
Usuários que quiserem transferir os documentos, músicas, fotos e vídeos para outros discos virtuais deverão ter o caminho facilitado, segundo a nota. Por isso, é de se esperar que ferramentas de migração sejam disponibilizadas pela Canonical em breve.
Vale ainda mencionar que o código-fonte do programa ainda será liberado como open source pela companhia, que continua a acreditar no serviço de armazenamento, na qualidade do código e na experiência de usuário. Então, quem quiser criar sua própria nuvem baseada no quase finado Ubuntu One terá o caminho liberado.
Histórico O Ubuntu One foi lançado em 2009 pela Canonical, e oferecia 5 GB de armazenamento gratuitos. Quem quisesse mais espaço, podia optar por pagar uma mensalidade de 3 dólares (ou 30 dólares anuais) para cada 20 GB extras. Uma funcionalidade mais recente ainda permitia fazer o streaming de músicas pelo serviço, mediante um aumento para 4 dólares mensais ou 40 dólares/ano.
O preço era até competitivo, e a integração com o Ubuntu, além da variedade de versões (web, Android, iOS, Windows e OS X), eram outros destaques. Mas o serviço perdeu muito de seu apelo com o recente corte nas mensalidades do Google Drive, por exemplo e com a expansão do espaço gratuito oferecido por rivais, que ainda ficaram cada vez mais numerosos.