Tecnologia

Ser ou não ser? Shakespeare embarca no mundo dos tablets

Peças do escritor estão recebendo uma remodelagem ao estilo do século 21, na forma de novos aplicativos para tablets e smartphones


	Livro de Shakespeare: peças como "Romeu e Julieta" e "Macbeth" ganham nova vida em aplicativos de iPad lançados pela Cambridge University Press
 (Ben Stansall/AFP)

Livro de Shakespeare: peças como "Romeu e Julieta" e "Macbeth" ganham nova vida em aplicativos de iPad lançados pela Cambridge University Press (Ben Stansall/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 07h20.

Toronto - As peças de William Shakespeare estão recebendo uma remodelagem ao estilo do século 21, na forma de novos aplicativos para tablets e smartphones, quase 500 anos depois que o Bardo escreveu no pergaminho.

Peças como "Romeu e Julieta" e "Macbeth" ganham nova vida em aplicativos de iPad lançados pela Cambridge University Press, que une os textos com performances de áudio, comentários e outros conteúdos interativos, transformando as obras clássicas para a era digital.

Os aplicativos são parte de uma nova série chamada "Explore Shakespeare", que foi introduzida pela editora britânica para expandir o alcance do dramaturgo aos leitores casuais.

"Muitas pessoas têm uma cópia de Shakespeare em sua estante de livros que nunca chegou a ler, porque têm essa idéia de que Shakespeare é difícil ou tem que ser estudado para ser apreciado", disse John Pettigrew, produtor executivo da série.

Pettigrew acredita que as peças são feitas para serem apreciadas e são acessíveis desde que os leitores tenham o contexto para superar a linguagem desatualizada ou poética.

Embora o foco principal do aplicativo seja o próprio texto, os leitores podem consultar glossários, notas, fotos e sinopses em qualquer ponto do roteiro.

"Tudo ali é projetado para mantê-lo na peça e para colocá-lo na mente do ator, diretor ou escritor", explicou ele.


Para entender a linguagem menos comum, os leitores podem tocar em palavras e frases para se aprofundar em seu significado.

Os aplicativos também incluem performances completas de áudio feitas por estrelas como Kate Beckinsale e Martin Sheen. Outros recursos ajudam os leitores a visualizar as relações entre atores em cena, entender como Shakespeare entrelaça temas durante toda a peça, e analisar o texto de forma mais completa.

"Você pode se aprofundar na língua ou temas ou na interpretação, mas a nossa primeira tarefa é mostrar que é apenas uma boa história", disse Pettigrew.

Embora o aplicativo tenha sido projetado com o consumidor em mente, Pettigrew acredita que poderá também desempenhar um papel na educação, com os alunos abraçando o aplicativo ao invés do texto impresso.

"Para um estudante de 13 anos, a linguagem de Shakespeare pode ser uma barreira e ter algo ali na página é realmente útil", disse ele.

De acordo com Pettigrew, a editora escolheu desenvolvê-lo para o iPad porque é a plataforma tablet dominante nas escolas, mas ele disse que está considerando aplicativos Android e Windows 8 no futuro.

Outros quatro aplicativos, incluindo "Noite de Reis", "Sonho de Uma Noite de Verão", "Hamlet" e "Otelo" devem ser lançados nos próximos meses. Eles estão disponíveis mundialmente por 13,99 dólares cada.

Pettigrew explicou que o aplicativo teve a exatidão checada por especialistas e inclui material auxiliar, com intuito de aumentar o texto original.

"Para usar uma frase de Shakespeare, ‘a peça é a coisa'."

Acompanhe tudo sobre:ArteE-booksLivrosTablets

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes