Água (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 13h36.
Um grupo de pesquisadores criou um sensor impresso em 3D que é alimentado por uma bactéria. A tecnologia de baixo custo pode ser colocada em rios e lagos para monitorar continuamente a qualidade da água.
Acesso à água potável limpa é uma questão crucial para muitas pessoas que vivem em países em desenvolvimento. Testar a poluição na água costuma envolver a coleta de amostras e levá-las para laboratórios. Há também equipamentos caros capazes de detectar toxinas no abastecimento de água. Mas esses métodos são complexos para áreas em desenvolvimento.
Foi pensando nisso que cientistas da Universidade de Bath e da Universidade do Oeste da Inglaterra buscaram um novo método. O sensor contém bactérias que produzem uma pequena corrente elétrica enquanto vivem normalmente. Quando as bactérias entram em contato com toxinas na água, a corrente elétrica diminui e avisa que a água está poluída.
O dispositivo é capaz de detectar mesmo quantidades pequenas de substâncias poluentes. Em testes, os pesquisadores detectaram concentrações de cádmio em quantidades muito baixas comparadas aos níveis considerados seguros.
Segundo o estudo, a queda da corrente elétrica é proporcional à quantidade de poluição e é recuperada quando o nível de toxinas diminui. Isso significa que a água pode ser controlada em tempo real sem precisar de um equipamento específico ou de especialistas no assunto para analisar a qualidade do abastecimento. A descoberta foi publicada no jornal Biosensors and Bioelectronics.